Coimbra com Réveillon ao nível de Lisboa e Porto
Está a dar nas televisões que 200 000 pessoas festejaram o passagem de ano em Lisboa. Também se pode ouvir que outras 200 000 celebraram o novo ano no Porto. Em Coimbra somos mais modestos, até porque nem temos áreas metropolitanas. Por cá, o “número oficial” é 100 000. Aliás, era, era desde a primeira festa da segunda “reencarnação” de Manual Machado, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, mas neste ano pode ter aumentado o número de foliões na Baixa citadina.
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Foi o “maior fim de ano de sempre” em termos de público? Ainda bem que coloca essa questão. Podemos responder que sim. Na rua havia mais gente que em 2016/1 . Se no ano passado estiveram 100 000, 2017/18, podem ter estado 110 000. É um “bom numero oficial”. Fica assim para a estatística oficial. Também se pode acrescentar que o bom tempo ajudou e que nem estava assim tanto frio. Escusado será escrever que a temperatura sobe e desce de acordo com a Taxa de Álcool no Sangue, mas isso é” fruto da época”, porque “tristezas não pagam dividas” e “amanhã é outro dia”
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Números à parte, o que se viu nesta noite de réveillon foi “um mar de gente” animada no canal entre a Portagem e a 8 de maio.
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Uma parte da gente levou o “aquecimento” para o último botéllon de 107 e o primeiro de 2018 . Quem não trouxe “garrfão” de casa, comprou na rua. O “champagne” de marca “Spumante” a 5 euros saiu muito bem. Quentinho “bate melhor”. A terceira opção era o “finito” disponível nos cafés e pastelarias que durante o ano fecham às 20 e nestas alturas de festa aproveitam para equilibrar as contas. Talvez esteja na altura, por estas alturas, da autarquia concessionar a venda de bebidas na rua. Pode ser um “bom negócio” para ajudar a pagar a conta da festa e o povo agradece mais e melhor oferta comercial.
Recordamos que a noite de fim de ano foi distribuída por quatro palcos instalados noutros tantos espaços da cidade, nos quais atuaram os HMB e os dj´s Sousa e Vacaciones (Largo da Portagem), os Peste & Sida e Karetus (Praça do Comércio), Revival Music com Rui Tomé e Hugo Tavares (Praça 8 de Maio) e os Hidrogénio (Terreiro da Erva).
A “festa a sério começou” com o fogo de artificio no Rio Mondego. Soube a pouco, sabe sempre a pouco, é verdade, mas paciência. Na Madeira é mais bonito? É. Mas aqui custa milhares e na pérola do atlântico custa milhões. Se queremos mais do que os 8 minutos desta passagem de ano 2017/18,temos de abrir os cordões à bolsa.
O “couvert” artístico para “todos os públicos” foi mesmo para todos dos 8 aos 80. Uma “mistura arriscada”, mas que acabou por resultar numa boa sequência, num espectáculo de todos a “bombar” e fé em Deus. Vimos “velhotes” a “curtir” Karetus e HMB e “putos” a “vibrar” com “Peste & Sida e Revival Music. O mundo ao contrário!
Os Hidrogénio foram os primeiros “a abrir hostilidades” do Réveillon promovido pela Câmara Municipal de Coimbra. Logo depois do jantar. Eram poucos mais bons” num Terreiro da Erva que começa a fazer parte do circuito festivo da autarquia local. Havia muito espaço para dançar “aquelas malhas”, o “rock dos bons velhos tempos”.
HMB eram apontados como as estrelas da noite. Não defraudaram as expectativas de quem é fã de uma das bandas do momento. Deram show. Show de dança, show de música, show de animação. Nota 10! Mais para “teenagers do que para cotas”. Uma hora de ginásio”. Pelo meio, os HMB fizeram questão de recordar que se lançaram mais a sério na Queima das Fitas de 2012. Hélder Marque fez questão de chamar “Loucos” para a noite coimbrã, este tema, que que gravou com Matias Damásio, foi um dos hits da noite na Portagem.
Com a sala de entrada por conta dos HMB, os Peste & Sida montaram “a tenda” na Praça do Comércio. Sim, tocaram à mesma hora. Dava para saltar entre os dois concertos, pois do Largo à Praça é um instantinho. Peste & Sida que “já não são o que eram, mas ainda tocam umas coisas”. Coisas dos Peste & Sida e dos Despe & Siga. Como o Sol da Caparica, que aqueceu a Praça Velha numa altura em que muitos já não sentiam o frio que estava longe der ser polar.
Já passava das 2:30 quando os Karetus subiram aos Palco da Praça do Comércio. Quem são os Karetus? São uma dupla de dj´s. Que são mais do isso. São um espectáculo multimédia. “Uma cena em grande”. Tocam top”. E “são mesmo top”.
Revival Music é uma escolha acertada para “tocar na Câmara”. Quem diz Câmara, diz Paços do Concelho e tudo à volta. Os dj´s Rui Tomé e Hugo Tavares “deram um festão” quase até às 5. Passaram da hora, “porque o povo se estava a passar” com o som revivalista. A Praça 8 de Maio transformou-se numa imensa discoteca ao ar livre, com a “pista igreja de Santa Cruz” ao rubro. Os dançarinos nem sabiam quem estava a actuar, mas dançava, dançava, sinal que estava a gostar de recordar as músicas dos bons ou maus momentos das suas vidas. Para próximas edições, para uma maior interactividade entre eleitos para tocar e eleitores para dançar, não será má ideia transferir os djs da porta da autarquia para uma parte mais central do Panteão Nacional.
Podemos dizer que correu tudo bem? Mais ou menos. Mais que menos. Na escala da Marcelo, do Professor Marcelo, damos 17 a esta produção conjunta de Manuel Machado e Carina Gomes, a vereadora da Cultura e do Turismo que fez questão de ficar até ao fim da festa.
Como quase sempre, no melhor pano da festa cai a nódoa. Neste caso são pequenas manchas. As “barreira de segurança” eram demasiado frágeis para colocar pau na roda. Como no resto ano, havia pouca PSP na Baixa, a polícia continua a não estar próxima nas ruas da cidade. Os WC portáteis foram insuficientes. Eram só 10…para 100 000. A “tenda do som” estava demasiado próxima do palco onde actuaram os HMB. Nada que não se resolva, mais não seja porque o povo esteve sereno e o rio Mondego estava ali mesmo à mão, até porque a seca extrema e severa não se fez sentir neste Réveillon de Coimbra.
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