Coimbra

Coimbra quer envolver 100 entidades na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril

Notícias de Coimbra com Lusa | 10 meses atrás em 06-07-2023

A comissão dinamizadora das comemorações populares dos 50 anos do 25 de Abril, apresentada hoje em Coimbra, pretende envolver mais de 100 entidades do concelho, ainda este ano e em 2024.

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“Em apenas duas semanas, já mais de 30 organizações aderiram, com o objetivo de vir a ultrapassar a centena e abranger todo o concelho”, afirmou, no Ateneu de Coimbra (AC), Alfredo Campos, da comissão executiva das celebrações do cinquentenário da Revolução do Cravos, que em 1974 derrubou o regime fascista e repôs o regime democrático.

Presente na sala Braga Temido, o presidente da instituição histórica, Manuel Pires Rocha, salientou que o AC, fundado em 1940, “foi um centro de resistência antifascista” da cidade.

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“Foi também um centro essencial de construção da democracia”, adiantou, para defender que as celebrações dos 50 anos do fim da ditadura de Salazar e Caetano são uma oportunidade de continuar a pugnar pelos “valores e princípios do Portugal de Abril”.

Recordando que o Ateneu foi sempre “um bom distribuidor de jogo”, antes e depois de 1974, o músico da Brigada Victor Jara frisou que o encontro de hoje visou sensibilizar outros cidadãos e organizações para a importância de integrarem a comissão dinamizadora.

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“Esta é uma chamada para que possam dar os seus contributos para esta fogueira”, gracejou Manuel Rocha.

Numa nota distribuída aos jornalistas, a comissão executiva, coordenada por Alfredo Campos, da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), e João Pinto Ângelo, do AC, realçou a importância de festejar meio século “da conquista da democracia e liberdade que o regime fascista negou, não apenas ao povo português, mas também aos povos irmãos das ex-colónias”.

“A revolução portuguesa é não somente a conquista dos direitos políticos (…), mas igualmente dos direitos sociais, económicos e culturais, nos domínios do trabalho, da saúde, da educação, da habitação, da cultura, da segurança social e tantos outros”, referiu.

São “direitos duramente conquistados” e que agora, porém, “se encontram novamente – ou ainda – sob assalto por novas forças de caráter reacionário”, o que, segundo os promotores, exige que estas comemorações venham a ser “uma ampla e vigorosa afirmação de base popular”.

Alfredo Campos disse ainda que a comissão aposta num “alargamento do programa a todas as freguesias” do concelho, envolvendo o maior número possível das coletividades geograficamente afastadas do centro urbano de Coimbra.

O programa começa a ser concretizado em finais de setembro, com “uma grande festa por Abril”, e vai depois dividir-se em três fases, nos trimestres compreendidos entre outubro deste ano e junho de 2024, permitindo a adesão sucessiva de mais organizações e a inclusão de novas propostas.

Da lista de 30 entidades já vinculadas às comemorações, fazem parte sindicatos, grupos culturais, coletividades, repúblicas de estudantes, secções e organismos autónomos da Associação Académica de Coimbra (AAC) e movimentos de base popular.

A comissão executiva é constituída por 13 organizações, incluindo a Associação de Bolseiros de Investigação (ABIC), cujo dirigente Ricardo Ferraz interveio na sessão, a União dos Sindicatos de Coimbra e o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos, estas representadas por Rita Namorado.

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