Coimbra

Coimbra quer dinheiro da Europa para reabrir Museu dos Transportes

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 19-12-2022

A Câmara de Coimbra candidatou o Museu dos Transportes Urbanos, encerrado desde o início dos anos 2000, ao próximo quadro comunitário, manifestando vontade em reabrir aquele espaço, foi hoje anunciado.

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“O Museu dos Transportes foi submetido ao PT2030. Queremos reabri-lo, mas isso depende do financiamento”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR/Aliança).

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O Museu dos Transportes Urbanos de Coimbra está encerrado desde a viragem do milénio, tendo sido também casa temporária, entre 2004 e 2008, da companhia O Teatrão.

José Manuel Silva, que falava durante a reunião do executivo, realçou que a vontade do executivo é reativar aquele espaço, acusando ainda o PS, que liderava o executivo anteriormente, de não ter tomado a iniciativa de o reabrir.

Durante o período antes da ordem do dia, a vereadora do PS Carina Gomes recordou várias decisões do executivo ao longo de todo o ano, criticando “o corte de 45%” no apoio ao associativismo cultural previsto para 2023, a aplicação da taxa municipal turística, o aumento dos bilhetes ocasionais dos transportes urbanos e do preço da água, entre outras questões.

Já o vereador da CDU, Francisco Queirós, alertou para o encerramento de mais uma das agências da Caixa Geral de Depósitos em Coimbra, na Fernão de Magalhães, e para as obras que decorrem na sede daquele banco na cidade, realçando que são várias as queixas de utentes que esperam muitas horas para serem atendidos.

Na reunião, foi aprovado o projeto de regulamento do Programa Municipal de Apoio ao Ecossistema Cultural com os votos a favor da coligação Juntos Somos Coimbra e contra do PS e da CDU, seguindo agora para período de discussão pública.

O diretor do Departamento da Cultura e Turismo da Câmara de Coimbra, Paulo Pires, destacou que o documento prevê uma distinção entre entidades profissionalizadas e não profissionalizadas, ao contrário do anterior que distinguia entidades que geriam equipamentos culturais das restantes.

A possibilidade de todas as entidades profissionalizadas concorrerem a uma modalidade de apoio plurianual, criação de linhas de apoio para circulação, residências artísticas e apoios à criação e uma linha que potencia o trabalho entre estruturas profissionais e não profissionais são outras das propostas.

O vereador da CDU, Francisco Queirós, notou que o documento conta com mais de 30 propostas de alteração por parte do departamento jurídico, tendo sugerido que essas alterações tivessem sido feitas antes de o documento entrar na fase de consulta pública.

Também a vereadora do PS Carina Gomes realçou que o documento “não reúne as condições necessárias” para seguir o caminho, considerando ainda que o programa está direcionado para o apoio às entidades profissionalizadas, antevendo uma quebra de investimento aos outros agentes culturais.

O presidente da Câmara vincou que o documento é “aberto e dinâmico”, referindo que a falta de critérios qualitativos é “uma lacuna” que será colmatada em fase de consulta pública.

A Câmara de Coimbra aprovou também a criação do Cartão Amigo do Convento São Francisco, ao qual estará associado um desconto direto de 40% sobre o ingresso em espetáculos da sua programação, que implica o pagamento de uma anuidade de 20 euros.

No início da reunião do executivo, a prestação de juramento do vereador Nelson Cruz pela coligação Juntos Somos Coimbra, em regime de substituição da vereadora Ana Bastos, gerou críticas por parte do PS, com Regina Bento a alertar para um “problema de incompatibilidade”, por o novo vereador ser atualmente chefe de gabinete do presidente da Câmara de Coimbra.

José Manuel Silva justificou que não sendo Nelson Cruz vereador em regime de permanência a questão da incompatibilidade não se coloca, desvalorizando as chamadas de atenção quer do PS quer da CDU para a possibilidade de os atos praticados pelo novo vereador poderem vir a ser anulados, caso se comprove a incompatibilidade.

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