A Câmara Municipal (CM) de Coimbra integrou dois imóveis no fundo Coimbra Viva I, reforçando a sua participação em 646.500 euros. A operação, formalizada na semana passada, visa apoiar a criação de novas residências para estudantes e promover a reabilitação urbana na Baixa da cidade.
A escritura decorreu com a presença da vereadora do Urbanismo, Ana Bastos, em representação do presidente da autarquia, José Manuel Silva. A integração dos imóveis, localizados no Quarteirão das Nogueiras, foi aprovada em reunião do Executivo Municipal a 22 de abril e traduz-se na subscrição, em espécie, de unidades de participação no fundo. A operação não envolve fluxos financeiros diretos.
Os dois imóveis foram adquiridos pelo Município em novembro de 2024. Um situa-se na Rua João Cabreira (nºs 26 a 28), com uma área de 178 m², e o outro na Rua da Nogueira (nºs 1 a 3 e 5), com 680 m². A avaliação fixou o valor de capital em 351 mil euros para o primeiro e 295.500 euros para o segundo, totalizando 646.500 euros.
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Segundo a FundBox, S.A., entidade gestora do fundo, esta integração vai permitir ampliar os projetos de alojamento estudantil em curso. Está prevista a ligação dos novos edifícios a outros contíguos, já incluídos no plano de reabilitação, e a criação de uma nova praça interior no Quarteirão das Nogueiras, com espaços públicos de convívio.
Durante a última reunião do Executivo, Ana Bastos destacou que 2025 será um ano onde se “perspetiva o avanço de um número significativo de investimentos essenciais para a reabilitação e renovação da Baixa de Coimbra”. É objetivo do fundo, diz a responsável, concluir o licenciamento do projeto da P28 (cuja aquisição de uma parcela foi efetivada em 2024) e do projeto da Rua Direita (P11 a P15). “Também a empreitada da residência de estudantes (P45 a 47) já se encontra em fase de construção – trabalhos preparatórios de arqueologia –, prevendo-se a sua conclusão em 15 meses e que deverá materializar cerca de 2.700 m² de área de construção para constituição de 62 unidades residenciais e três áreas comerciais”, adiantou.
A vereadora recordou que, para viabilizar esta empreitada, a autarquia realizou, em maio de 2023, um aumento de capital de 2,829 milhões de euros no fundo Coimbra Viva. Com esta operação, a Câmara passou a deter 73% do capital do fundo. “Essa ação permitiu avançar com a construção da residência de estudantes na Baixa, sendo agora essencial perspetivar a sua ampliação a parcelas adjacentes”, sublinhou.
Desde o início da sua atividade, o fundo Coimbra Viva já interveio em nove prédios, disponibilizando 16 fogos e oito espaços para atividades económicas. Estas operações incentivaram também o investimento privado na zona, com um total de 22 ocupações (entre comércio, serviços e restauração) e 36 fogos.
“Prevê-se que até ao final de 2025 todos os imóveis já reabilitados estejam transacionados”, referiu Ana Bastos. O fundo continua proprietário de 18 prédios ainda por intervir, sendo o Quarteirão das Nogueiras a maior frente de investimento, alinhada com a política municipal de habitação. A Câmara Municipal de Coimbra é o principal investidor do fundo Coimbra Viva I.
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