Coimbra

Coimbra promove mural sobre a fundação da cidade na Baixa 

Notícias de Coimbra com Lusa | 18 minutos atrás em 21-05-2025

O artista plástico Mário Belém começou hoje, dia 21 de maio, a pintar um mural de grandes dimensões na fachada situada no cruzamento da Avenida Fernão de Magalhães com a Rua da Sota e a Rua Adelino Veiga, no Largo das Ameias. A obra, encomendada pela Câmara Municipal (CM) de Coimbra por 12 mil euros (acrescido de IVA), também como estratégia de revivificação da Baixa, é inspirada na lenda da “Batalha da Cobra”, relacionada com a fundação da cidade.

Com esta intervenção, a CM de Coimbra pretende revitalizar uma superfície urbana monótona, transformando-a numa obra de arte vibrante e simbólica. O mural, instalado no Largo das Ameias, vai ter 13 metros de largura por 7,5 metros de altura e deve estar concluído na próxima semana. A obra é do artista Mário Belém e a execução está a cargo da Mistaker Maker – Plataforma de Intervenção Artística.

A lenda, de origem incerta e com várias versões, narra a história de um cavaleiro apaixonado por uma princesa, que enfrenta uma serpente ameaçadora chamada Coluber. Ao vencer o monstro, o cavaleiro conquista o direito a casar com a princesa, e no local da batalha nasce a povoação de Columber Briga, que mais tarde daria origem a Coimbra.

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No esboço da obra, já conhecido, podemos ver um cavaleiro levando o seu cavalo, sobre o qual está o corpo da serpente gigante que acaba de ser abatida em batalha. Fica subentendido que o cavaleiro está a fazer a viagem de regresso ao castelo da sua amada, para pedir a sua mão em casamento. A partir da ponta da serpente, nasce um floreado (alusivo aos floreados dos manuscritos iluminados) que simboliza a explosão de cor e vida inerente à fundação de Coimbra como cidade. 

As personagens deslocam-se ao longo da margem do Rio Mondego. Ao fundo, na margem oposta, podemos ver a silhueta de Coimbra dos dias de hoje. O céu é de pôr de sol, representando assim o belo dia que está por nascer amanhã. O cavaleiro está vestido com uma malha e colete, mas tem uns calções e sapatilhas contemporâneos. Sobre o cavalo podemos ver alguns objetos, uma lança de torneio medieval, uma espada, uma chaleira, uma lanterna (para lhe iluminar o caminho) e um telefone antigo (que reforça o conceito de um relato que é passado de boca em boca, a tal ponto que já nem sabemos qual a sua origem). 

Esta intervenção, que se insere na intervenção de revivificação da Baixa, soma-se a outras obras de arte urbana promovidas pelo município, que valorizam a identidade e a memória de Coimbra, reforçando o seu posicionamento cultural e turístico. O projeto mereceu parecer favorável da CCDR Centro, por se localizar em Zona Especial de Proteção da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, classificada como Património Mundial da UNESCO.

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