Desporto

Coimbra: Presidente eleito sente-se “mandatado para continuar trabalho” na Federação de Judo

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 29-04-2023

 Sérgio Pina foi hoje eleito presidente da Federação Portuguesa de Judo (FPJ), num sufrágio em que derrotou José Mário Cachada, após uma crise na modalidade, que culminou com a destituição de Jorge Fernandes e eleição apenas para este órgão.

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O candidato da Lista A, Sérgio Pina, recebeu 35 votos, mais 14 do que o candidato José Mário Cachada, da Lista B, numa eleição para o período remanescente do mandato de 2021-2024.

Num universo de 57 votantes (entre os 62 delegados que compõem a AG) foi contabilizado um voto em branco.

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“Penso que, hoje, este ato eleitoral não foi mais do que uma formalização daquilo que eu já venho trabalhando há algum tempo. A partir de hoje, sim, sinto-me perfeitamente mandatado para continuar todo o trabalho que estou a fazer dentro da Federação Portuguesa de Judo. Eu e a minha equipa, como é óbvio”, disse hoje à agência Lusa, após o anúncio dos resultados, Sérgio Pina.

A agora presidente foi vice-presidente no anterior mandato.

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“Estamos numa altura em que as pessoas têm de pensar que não vale tudo para se conseguir aquilo que, objetivos meramente pessoais, querem ter. Espero que depois deste ato eleitoral, que decorreu totalmente dentro da normalidade, a paz volte a esta modalidade e que o judo a partir de agora se fale pelos resultados desportivos, porque temos atletas de qualidade, temos uma seleção que com certeza nos vai dar muitas alegrias”, acrescentou.

A Assembleia Geral (AG) eleitoral da FPJ recebeu um requerimento da Lista B, para que cinco delegados não votassem por alegadas incompatibilidades.

A Lista A teve oportunidade de se pronunciar sobre assunto, tendo a AG, após uma deliberação, decidido abrir as votações, indeferindo o requerimento da Lista B.

José Mário Cachada, antigo praticante e chefe municipal na Câmara de Espinho, afirmou à Lusa que a sua candidatura à FPJ surgiu num contexto “complexo”.

“Sempre foi minha intenção e sempre foi intenção da Judo – Nova Alternativa, que desde o primeiro momento liderei, ser uma solução para um problema que é público e notório. O facto de não ter vencido, hoje, aqui e agora, as eleições, não significa que as tenha, efetivamente, perdido, pois irei, certamente, impugná-las, nos termos e nos fundamentos que, em devido tempo, anunciarei”, frisou.

O candidato derrotado referiu ainda que “desistir não é opção, nunca foi, nem nunca será”.

Considerando que Sérgio Pina foi o mais votado, a Federação vai ter de preencher a vaga de vice-presidente, cargo que atualmente ocupa, com recurso a suplentes da direção.

A tomada de posse está marcada para o dia 09 de maio, na sede da FPJ.

As eleições de hoje foram apenas para o cargo de presidente da Federação Portuguesa de Judo, por indicação do Tribunal de Loures, após a destituição em dezembro de Jorge Fernandes, por incompatibilidades ao abrigo do artigo 51 do Regime Jurídico das Federações Desportivas.

Em causa estava o facto de o dirigente, eleito num primeiro mandato em 2017 e num segundo em 2020, ter integrado o filho como funcionário da federação e de desempenhar, cumulativamente, funções de treinador no Judo Clube de Coimbra.

Jorge Fernandes apresentou-se às eleições marcadas para 19 de fevereiro, dois meses após a destituição em dezembro, mas o Tribunal de Loures anulou, poucos dias antes, a convocatória eleitoral, justificando que o ato deveria destinar-se apenas ao órgão destituído, o de presidente.

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