Política

Coimbra: “Nova maternidade foi anunciada pelo governo de Passos Coelho em 2014 e continua uma miragem”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 09-02-2021

Na última sessão da Câmara Municipal de Coimbra, a vereadora do PSD, Madalena Abreu, lamentou o atraso na construção da nova maternidade de Coimbra. Aproveitou logo, no início da declaração, para identificar esta como uma “matéria urgente”.

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O também vereador do PSD, Paulo Leitão, reforçou na mesma sessão, o sentimento de indignação para com a estagnação no que toca à construção da maternidade, isto porque, lembrou, aquela que seria a “nova” unidade dedicada à assistência neonatal de Coimbra, já foi anunciada há mais de sete anos. “A nova maternidade foi anunciada pelo governo de Passos Coelho em 2014, e continua uma miragem. Entendam-se, deixem de brincar com a saúde das pessoas e metam mãos à obra.” – criticou Paulo Leitão.

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O atraso na construção da infraestrutura tem vindo a prender-se, fundamentalmente, com a questão da localização. Isto porque, para o executivo autárquico comandado por Manuel Machado a maternidade deveria ser construída nas imediações do Hospital Geral (Covões), enquanto o Ministério da Saúde aponta para o perímetro do HUC, como o melhor local para a instalação do empreendimento, com base em estudos técnicos.

Paulo Leitão começou por explicar que, na semana passada, os Vereadores do partido em Coimbra se reuniram com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra para reunir informação e acompanharem os problemas atuais neste contexto. Dessa reunião, segundo Madalena Abreu, ficou patente o parecer técnico de que não só estão reunidas as condições para avançar com o projeto da nova maternidade, como as dificuldades acrescidas que a pandemia covid-19 tem trazido aos profissionais de saúde tornam ainda mais urgente fazê-lo.

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Em entrevista ao NDC, no final da sessão, o vereador e deputado reforçou que do ponto de vista técnico existe consenso para avançar com o projeto, afirma é faltar vontade política – “Onde é que não existe consenso? Na parte política do senhor presidente de Câmara e de forças políticas à nossa esquerda, ou seja, um assunto que não compete aos políticos está a ser utilizado para, no fundo, artificialmente vir atrasando a construção deste equipamento que é fulcral para a cidade de Coimbra dado o estado de degradação que neste momento assistimos, infelizmente, nas nossas maternidades.”

Já o Presidente da Câmara, Manuel Machado, em entrevista ao NDC, respondeu às críticas no final da sessão, reiterando que há prioridades e que neste momento é fundamental combater a pandemia. “A maternidade é muito importante, e é necessário fazê-la, mas tudo a seu tempo. Há prioridades. Há pessoas a morrer, e morrem por covid.”

Quanto à estagnação na construção da maternidade o autarca voltou a levantar dúvidas sobre a segurança de estabelecer a unidade no perímetro do HUC e explicou que o processo continua em andamento, mas que a crise sanitária veio, “naturalmente”, afetar o ritmo do projeto.

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