Esta quinta-feira, 1 de maio, assinala-se o Dia do Trabalhador, e há diversas manifestações e comícios em todo o país, organizados por centrais sindicais para reivindicar melhores condições de trabalho e justiça social.
A CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) prepara-se para uma jornada de mobilização em vários pontos de Portugal, com o objetivo de dar voz às preocupações dos trabalhadores e destacar a luta por melhores direitos laborais.
Na cidade dos estudantes, o ponto de encontro escolhido foi a Praça da República. Luísa Silva, da União dos Sindicatos de Coimbra, destacou a importância do evento para reivindicar melhores condições de vida e trabalho para os trabalhadores portugueses.
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Sublinhou que a situação laboral no país é “caótica”, especialmente devido à falta de investimento em salários e pensões. Para Luísa Silva, este é o momento certo para os trabalhadores se manifestarem e exigirem as mudanças necessárias. “Numa altura em que estamos a começar a campanha eleitoral, é a altura dos trabalhadores dizerem aquilo que pretendem para as suas vidas. E é mais salários, melhores pensões, melhores condições de trabalho”, afirmou.
A manifestação, organizada pela CGTP, conta com a participação de vários sindicatos de diferentes setores, incluindo médicos, enfermeiros, professores, trabalhadores da hotelaria, entre outros. Todos estes trabalhadores enfrentam os mesmos problemas e, por isso, estão juntos na luta por melhores condições, indica. “Estão todos na rua porque todos têm exatamente o mesmo problema”, disse.
O percurso da manifestação vai ligar a Praça da República até à Praça 8 de Maio, e durante o evento, além dos discursos, haverá momentos culturais com grupos de Coimbra a animar o Dia do Trabalhador.
Luísa Silva também mencionou a crescente precariedade no mercado de trabalho, especialmente entre os jovens, que enfrentam baixos salários e contratos temporários. “Os jovens são dos grandes afetados pelas políticas do governo face ao trabalho”, apontou, destacando que a precariedade é um dos principais desafios para a juventude portuguesa.
Além das questões salariais, a sindicalista também criticou o ataque ao movimento sindical e à dignidade dos trabalhadores, dando exemplos como a troca do 1º de Maio por um dia normal de trabalho numa fábrica em Condeixa, ou os trabalhadores das cantinas da Universidade de Coimbra obrigados a trabalhar sem remuneração extra aos fins de semana.
O slogan da manifestação deste ano é “Mais salários, melhores pensões”, que será utilizado em todas as manifestações da CGTP em várias cidades do país. Luísa Silva frisou a importância de reivindicar também a melhoria dos serviços públicos, como a saúde, a educação e a segurança social, destacando que “somente os serviços públicos podem trazer melhores condições à vida dos trabalhadores.”
Com bandeiras erguidas e muitos jovens a aderirem, a manifestação de Coimbra promete ser um momento de união e luta pelos direitos dos trabalhadores, com o objetivo de pressionar o governo a agir em favor de um futuro mais justo para todos.
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