Coimbra

Coimbra: Médicos do Centro denunciam falhas graves no plano de vacinação no privado

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 20-01-2021

Os planos de vacinação nos hospitais da região Centro não estão a ser cumpridos, voltou a alertar hoje o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), que considerou inadmissível que haja médicos por vacinar.

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“É inaceitável que os médicos que estão expostos a tratar doentes no setor privado ainda não tenham sido vacinados. Há limites para a desorganização e a incompetência, que estão a tornar-se insuportáveis”, criticou Carlos Cortes, em declarações à agência Lusa.

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Segundo o médico, nos hospitais há profissionais e administrativos que estão a ser vacinados que “não têm qualquer exposição de risco” à covid-19, contrariando os critérios definidos pela ‘task-force’ criada pelo Governo.

De acordo com o presidente da SRCOM, no privado há centenas de médicos a tratar doentes com o novo coronavírus que não receberam ainda nenhuma notificação para serem vacinados.

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Um inquérito da Ordem dos Médicos identificou que fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) existem 4.043 médicos interessados em receber a vacina, de entre os quais quase 300 em Coimbra, 61 em Aveiro, 25 em Castelo Branco, 22 na Guarda, 61 em Leiria e 49 em Viseu.

“É uma segregação verdadeiramente intolerável. A natureza do vínculo laboral não pode ser um fator discriminatório”, assume Carlos Cortes, exortando o Ministério da Saúde a iniciar a vacinação dos médicos do setor privado com caráter prioritário.

O presidente da SRCOM considera que é necessário “ampliar o plano de vacinação o mais rapidamente possível para os profissionais estarem protegidos e darem assim condições de segurança aos seus doentes”.

Segundo o dirigente, a Ordem dos Médicos vai solicitar à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) que investigue todas as situações, “precisamente onde foram reportados casos problemáticos”.

“Os critérios definidos pela ‘task force’ da vacinação não estão a ser respeitados por quem deveria cumprir as decisões, isto é, o próprio Ministério da Saúde”, argumenta ainda o presidente da SRCOM, que alertou também para a situação de rutura que se vive nos hospitais da região Centro.

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