Coimbra

Coimbra iParque avança com expansão de 12 hectares e sete novos lotes

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 01-02-2022

 A administração do Coimbra iParque lançou hoje o concurso público para a expansão do seu parque de ciência e tecnologia em mais 12 hectares, com a infraestruturação de sete novos lotes.

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O investimento global, segundo o presidente do conselho de administração, Victor Baptista, ultrapassa os dois milhões de euros, já com aproximadamente 200 mil euros destinados à aquisição de terrenos.

O concurso hoje publicado em Diário da República refere um valor base de 1,72 milhões de euros.

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“O prazo ideal de construção seria até ao final de 2022. Temos essa expectativa, embora se tenha a plena consciência de que este prazo foi previsto quando nos candidatámos aos fundos comunitários”, disse o administrador à agência Lusa, admitindo a possibilidade de ser pedida uma prorrogação do prazo por mais seis meses.

O presidente do iParque revelou que cinco dos sete novos lotes já estão comprometidos para empresas e um está destinado para a própria sociedade construir a incubadora e aceleradora de novas empresas Nicolas Tesla, que terá uma área de construção de cerca de 3.000 metros quadrados.

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“Esperamos ainda em fevereiro começar a assinar os contratos promessa de compra e venda para os novos lotes”, adiantou Victor Baptista, que termina o seu mandato de três anos este mês, depois de ter iniciado funções em 2019.

O economista, que já foi governador civil de Coimbra, salientou que nos últimos três anos foi possível recuperar financeiramente o iParque, “que tem hoje o endividamento controlado e uma autonomia financeira superior a 80%”.

Victor Baptista recordou que, quando assumiu a presidência, existia uma deliberação dos acionistas para a dissolução do iParque em virtude dos “sucessivos prejuízos e excessivo endividamento”, situação que o atual conselho de administração “conseguiu resolver”.

“Resolvemos o problema do ponto de vista financeiro, portanto, deixou de haver matéria para dissolver esta empresa e, na última Assembleia Geral, por proposta do conselho de administração, foi anulada essa deliberação da dissolução, que já não fazia sentido”, sublinhou.

Com os problemas financeiros solucionados, o administrador considerou que “há condições neste mandato para reequacionar investimentos futuros para que o iParque se desenvolva tecnologicamente e seja um ponto de referência no distrito de Coimbra”.

Neste momento, acrescentou, estão em fase de acabamento instalações de três grandes empresas – Olympus Medical Portugal, TIS (Technological and Intelligent Systems) e Sanfil Medicina – que representam entre 40 a 50 milhões de euros de investimento.

Quando estas empresas entrarem em atividade, o que se prevê ainda no primeiro semestre deste ano, o iParque deverá acolher cerca de 800 trabalhadores, número que até ao final do ano deverá subir até um milhar.

​​​​​​​A administração do iParque contratualizou também um lote para a construção de um parque desportivo, cujas obras se devem iniciar este ano, que já estava previsto no Plano de Pormenor como “uma necessidade para satisfazer os interesses dos jovens quadros técnicos”.

​​​​​​​Para aquele parque tecnológico está também reservado um lote para a construção de um restaurante, cujo processo se encontra em análise.

A infraestruturação da primeira fase, que abrangeu uma área de cerca de 30 hectares, foi concluída em 2010 e disponibilizou 14 lotes para empresas, representando um investimento público de 15,7 milhões de euros, que captou de investimento privado 20,3 milhões de euros.

Na segunda fase, o investimento público passa para cerca de 17,7 milhões de euros, são mais dois milhões, e o investimento privado ultrapassa os 60 milhões de euros.

​​​​​​​Fazendo um balanço positivo do mandato, Victor Baptista salientou que o atual conselho de administração soube “ultrapassar as dificuldades, resolver e concretizar investimentos novos”, nomeadamente a candidatura para a expansão do parque tecnológico, que já tinha sido apresentada e rejeitada.

“Numa apreciação global, conseguimos mais empresas e mais emprego”, enfatizou.

​​​​​​​O parque tecnológico prevê, na sua fase final, uma área habitacional, mas Victor Baptista vai mais longe e defende a inclusão no Plano de Pormenor da construção de um berçário, “que possa dar resposta às famílias jovens” que ali vão trabalhar.

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