Os incêndios florestais dominaram esta segunda-feira, 25 de agosto, o período antes da ordem do dia da reunião do executivo da Câmara Municipal de Coimbra.
O presidente, José Manuel Silva, voltou a criticar a excessiva centralização da gestão florestal e defendeu mais competências para os municípios: “É urgente que as autarquias possam elaborar e aplicar um Plano Diretor Florestal Municipal, à semelhança do que acontece com o PDM em espaço urbano.”
O autarca sublinhou a complexidade do atual quadro de planeamento florestal, referindo a existência de múltiplos instrumentos — dos Programas Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) aos Planos de Gestão Florestal e Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI). Contudo, criticou a excessiva centralização do processo de decisão.
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A vereadora Rosa Cruz (PS) destacou o drama vivido no distrito:“São vidas humanas perdidas, famílias destroçadas, casas e memórias reduzidas a cinzas.”
E deixou críticas à atuação governativa: “O Governo deu sinais preocupantes de falta de coordenação e de ausência de empatia com as populações.”
Já o vereador Francisco Queirós (CDU) alertou para as causas estruturais do problema: “Temos um interior cada vez mais desertificado, sem gente que trabalhe a terra e aproveite a floresta. O flagelo do fogo combate-se com investimento público e ordenamento do território.”
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