Coimbra

Coimbra: Consórcio junta parceiros da indústria e do ensino superior no desenvolvimento de calçado hi-tech para diabéticos

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 01-05-2020

Um inovador calçado terapêutico mais ajustado à condição do pé diabético, que terá na sua constituição materiais inteligentes para monitorização de parâmetros clínicos, está a ser desenvolvido por um consórcio que junta indústria e instituições de ensino superior.

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Inserida no projeto Science DiabetICC Footwear, que foi cofinanciado pelo programa Portugal 2020/FundoEuropeu de Desenvolvimento Regional, a nova tipologia de calçado vai ser produzida pela ICC – Indústrias e Comércio de Calçado S.A., em colaboração com a ESEnfC – Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, que identificou esta necessidade terapêutica, e a Universidade do Minho (através do IPC – Instituto de Polímeros e
Compósitos, do 2C2T – Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e do CF-UM-UP – Centro de Física das Universidades do Minho e do Porto).

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Com este novo calçado, pretende o consórcio chegar a uma solução que, simultaneamente, minimize o risco de lesão e promova o máximo conforto ergonómico (com capacidade de adaptação da forma) e termofisiológico, associando-lhe, ainda, um design mais moderno e apelativo.

Pedro Parreira, investigador que coordena a parceria da ESEnfC e da UICISA: E – Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (centro de pesquisa acolhido no estabelecimento de ensino superior de Coimbra) neste projeto, explica que o Science DiabetICC Footwear «pretende ultrapassar as dificuldades associadas às limitações dos produtos já existentes», constituindo-se como «um calçado inovador».

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«Será um calçado ecológico, impermeável e arejado, que evitará odores e facilitará a circulação sanguínea. A palmilha terá caraterísticas especiais, será removível e de limpeza fácil, integrará agentes terapêuticos e permitirá absorver impactos em andamento. Incluirá materiais inteligentes (self-sensing composites) para a
monitorização de parâmetros clínicos do pé, contribuindo para reduzir o risco de aparecimento de infeções associadas a úlceras.

O peso do sapato será reduzido, com design apelativo em várias cores, e a sola será antiderrapante», descreve o docente da ESEnfC.
Pedro Parreira sublinha, ainda, que se pretende «que [este sapato terapêutico] seja um dispositivo médico, sustentado em investigação clínica, a ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde».

O projeto Science DiabetICC Footwear: Desenvolvimento de calçado terapêutico inovador para pé diabético é cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente de copromoção, com um incentivo aprovado de 700.047,24 euros, para um investimento de despesas elegíveis totais de 1 milhão de euros (€ 1.003.152,74).

Pela ESEnfC, participam neste projeto os investigadores Pedro Parreira, Anabela Salgueiro-Oliveira, João
Apóstolo e Rui Baptista.

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