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Coimbra: Comerciantes resignados aguardam pelos benefícios das obras no Arnado (com vídeos)

Zilda Monteiro | 1 ano atrás em 12-10-2022

As obras na rua João Machado, na zona do Arnado, em Coimbra, continuam a condicionar o dia-a-dia dos estabelecimentos comerciais que se encontram naquela artéria, bem como das pessoas que procuram os seus serviços ou que por ali se movimentam.

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As obras começaram naquela via a 27 de julho e, de acordo com a informação divulgada na altura pela Câmara de Coimbra, deveriam ter terminado a 31 de agosto. Acabaram, no entanto, por prolongar-se e, cerca de mês e meio depois do que era previsto, continuam em curso, com as máquinas a trabalharem na rua, provocando os transtornos típicos de grandes obras, como ruído, pó e condicionando o movimento a nível da circulação pedonal. O trânsito continua cortado, sendo as alternativas os desvios pela rua da Sofia ou pela rua Figueira da Foz, estando assegurado apenas o acesso ao hotel e às garagens.

Os últimos meses não têm sido, por isso, fáceis para quem trabalha naquela zona. O gerente de loja da Widex Coimbra, Luís Castel Branco, lamentou os condicionalismos causados pelas obras em curso, sobretudo aos utentes mais idosos. “A nossa clientela já tem idade mais avançada, muitas vezes com dificuldades de locomoção e as obras nos passeios têm complicado um bocadinho o acesso à loja”, explicou.

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Há, no entanto, melhorias a registar, desde que a loja se mudou do número 31 para as atuais instalações, mais a meio da artéria que está a ser requalificada. “Quando começaram a fazer as escavações para os esgotos das águas pluviais tivemos um buraco enorme mesmo à porta da entrada. Foi preciso pôr uns taipais para as pessoas poderem ter acesso à loja, o que complicava imenso”, sobretudo para “pessoas de cadeira de rodas e com mobilidade reduzida”, explica.

A par com essas dificuldades mais físicas, há também a lamentar o incómodo do barulho e o lixo.

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Perante as queixas que vão surgindo, Luís Castel Branco tem destacado os benefícios que surgirão depois de concluídos os trabalhos. “Tenho dito às pessoas que é para melhorar porque realmente ganhamos um passeio muito mais largo, o que facilita o trânsito pedonal e acho que a rua vai ficar bastante agradável”, contou ao Notícias de Coimbra.

Já Isabel Parente, da Alberto Oculista, considera que, apesar dos transtornos atuais, já foi pior, quando não havia passeio e as grades se encontravam à volta da entrada da loja. “Foram meses muito difíceis mas temos que aguentar porque é para melhorar”, sublinhou.

Quanto às queixas, assume que são muitas por parte dos clientes que se deparam com dificuldades no acesso à loja. “Nós vimos orientá-los e ajudá-los a entrar mas tem sido um período difícil”, explicou, alertando também para as dificuldades causadas pelo ruído permanente das máquinas, barulho que se agravou nas duas últimas semanas.

Apesar de tudo, compreende que estes são os condicionalismos normais provocados pelas obras e espera que, quando os trabalhos estiverem concluídos, possam todos desfrutar de uma rua mais bonita e com melhores condições.

Sobre os atrasos, a Câmara de Coimbra explica que foi realizada uma vistoria ao trabalhos a 27 de setembro, onde a comissão de vistoria percebeu que o valor dos trabalhos executados até àquela data correspondiam a “aproximadamente 83% do custo total contratual da obra, tendo como base as medições mensais efetuadas no âmbito do apuramento mensal dos Autos de Medição”.

Entre as justificações para os atrasos apresentadas pelo empreiteiro ao município estão a “continuação da deteção de estruturas de potencial interesse arqueológico, continuação da ocorrência de infraestruturas não cadastradas e a aprovação pelo dono de obra de uma modificação objetiva ao contrato”.

Ao Notícias de Coimbra, a Câmara Municipal adiantou que vai ser apresentada, na próxima reunião do executivo, agendada para segunda-feira (17 de outubro), uma proposta para “a aprovação da Receção Provisória Parcial da Empreitada e a concessão de uma prorrogação de prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos, correspondendo 30 dias a uma prorrogação a título ‘gracioso’”. A obra deve estar, assim, concluída a 11 de novembro de 2022.

Sobre as reclamações dos responsáveis dos estabelecimentos que se encontram na zona, a autarquia assume que “têm chegado algumas”, o que considera “compreensível face aos prazos da obra numa zona central da cidade”. São, como refere, reclamações “pontuais”, uma vez que nesta fase “os passeios já estão libertos”.

Recorde-se que estes trabalhos de infraestruturas e de pavimentação estão incluídos na empreitada de requalificação das ruas Manuel Rodrigues, Rosa Falcão e João Machado, na Baixa de Coimbra, obra que começou em março de 2021 e que representa um investimento de um milhão de euros.

Esta empreitada insere-se no Plano de Ação de Regeneração Urbana do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra. Para além da conclusão dos trabalhos na rua João Machado, encontram-se ainda em execução as obras do PEDU na Solum e em breve vão iniciar no troço inicial da Calçada de Santa Isabel”, adianta o município.

Veja os vídeos dos diretos NDC:

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