Coimbra

Coimbra com programação cultural dedicada à Europa

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 07-01-2021

O Convento São Francisco, em Coimbra, vai ter a sua programação dedicada à Europa, durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), estando representadas as culturas dos 27 Estados-membros, foi hoje anunciado.

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O Convento São Francisco, da Câmara Municipal de Coimbra, vai dinamizar o programa “Semestre Europeu – A Europa em Coimbra 2021”, que pretende celebrar a multiplicidade das culturas dos países que integram a União Europeia, anunciou hoje o município, em conferência de imprensa.

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Durante o primeiro semestre do ano, coincidindo com a presidência portuguesa, o Convento vai acolher diversas iniciativas nas mais variadas linguagens artísticas que divulgam artistas, temas ou tradições de outros países europeus.

Neste contexto, a Orquestra Gulbenkian apresenta “Viagem à Hungria”, Salvador Sobral vai cantar a obra do belga Jacques Brel, Joana Gama aborda o pianista francês Erik Satie, Tiago Cadete apresenta um espetáculo em torno de Gulliver, personagem do escritor irlandês Jonathan Swift, o espanhol Tomatito sobe ao palco do Convento São Francisco para um concerto de flamenco e o encenador Ricardo Correia estreia uma peça que reúne cinco dramaturgos de diferentes países da Europa sobre a vida durante a pandemia.

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Entre outras propostas para o primeiro trimestre da programação, haverá também um concerto de Jorge Fontes que interpreta o compositor alemão Beethoven, interpretações de música romena, lituana e polaca, um concerto do duo da Estónia Anna e Erik Parnoja, ou concertos para bebés com a participação de músicos estrangeiros que vêm de países como a República Checa, a Polónia e a Roménia.

A programação, que conta também com a apresentação da peça de teatro “Fake”, de Miguel Fragata, arranca a 17 de janeiro com a transmissão online do espetáculo “Pitou – 100 Anos Amália”, que tinha sido criado para o festival “Correntes de Um Só Rio” e que agora é adaptado com a colaboração do realizador António Ferreira.

“Desafiámos os nossos artistas a interpretar um autor de um país ou a trabalhar temas transversais à atualidade europeia”, explicou a vereadora da Cultura, Carina Gomes, realçando que o programa representa também um “investimento nos artistas da cidade, da região e do país”.

O programa vai de concertos encenados a exposições, teatro ou dança, promovendo “a identidade europeia, artistas, temáticas e culturas dos outros países”, notou, salientando ainda o “grande apoio e empenho de muitas das embaixadas”.

O programa surgiu de uma proposta do grupo de trabalho da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, que é coordenado por Luís de Matos.

Segundo o mágico, na primeira metade do semestre colaboraram 16 embaixadas de Estados-membros, aclarando que a expectativa é chegar ao final da presidência com o envolvimento de todos os países da UE.

“Sem desmerecer do programa cultural preparado pelo Estado português para os próximos seis meses, são muito reduzidas as atividades e são sobretudo concentradas em Bruxelas. Não é esse o nosso entendimento do que deve acontecer durante os seis meses em que Portugal assume a presidência europeia”, realçou, sublinhando que “não há memória de algo do género ter sido realizado por algum país durante uma presidência da União Europeia”.

De acordo com o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, a programação é “feita num contexto muito peculiar”, devido à pandemia, mas o princípio geral é de um programa com atividades de participação presencial, “salvo situações decorrentes da pandemia que obriguem a ajustamentos”.

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