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Coimbra celebra com manifestação os 40 anos da Revolução dos Cravos

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 01-04-2014

Coimbra celebra os 40 anos da revolução de 1974 com 48 atividades dinamizadas por 53 entidades da cidade, ao longo de mês e meio, contando com uma manifestação a 25 de abril, informou hoje a Comissão de Organização das Comemorações.

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A manifestação popular começa às 15:00 na Praça da República e termina no Pátio da Inquisição, com uma intervenção do capitão de Abril Pedro Mendonça e concertos de artistas e grupos a anunciar, contou Alfredo Campos, da direção do Ateneu de Coimbra e membro da comissão de organização.

A manifestação terá o lema “É com Abril, por Abril, sempre! 40 anos”, informou, durante a apresentação do programa de comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, no Ateneu de Coimbra.

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As tentativas “de leis são cada vez mais contra a Constituição e contra os valores de Abril”, sublinhou Alfredo Campos, querendo que as comemorações sejam “para o presente e para o futuro” e rejeitando “um espírito passadista” em torno da Revolução dos Cravos.

As celebrações começam na quarta-feira, 2 de abril, data em que se assinala a aprovação da Constituição de 1976, sendo que nesse mesmo dia o Conselho Português para a Paz e a Cooperação irá divulgar artigos da Constituição pela cidade.

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Até 21 de maio, data em que termina a iniciativa, são apresentadas peças de teatro, ciclos de cinema, exposições de fotografia, debates e concertos.

Entre as atividades programadas, haverá um seminário com jovens cientistas sociais a 23 de abril, uma sessão de poesia de intervenção espanhola no Ateneu, no mesmo dia, uma conversa com deputados na Oficina Municipal do Teatro, a 27 de abril, e um debate no Conservatório de Música de Coimbra, em torno das conquistas de Abril, organizado pela Associação de Pensionistas e Reformados (Apre!), a 08 de maio.

Na véspera do feriado, a 24 de abril, haverá uma festa no Ateneu de Coimbra, que termina de madrugada e que contará com música, poesia e teatro.

A 25 de abril, é lançado o livro “25 de Abril em Coimbra”, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra faz uma performance em frente da Câmara Municipal de Coimbra, a companhia O Teatrão apresenta a peça “Conta-me como é”, terminando o dia com um concerto do Coro Misto da Universidade de Coimbra e do Orfeon Académico de Coimbra no Teatro Académico Gil Vicente.

As entidades presentes, que deverão encabeçar a manifestação popular marcada para 25 de abril, “são bastante diversas”, contou Alfredo Campos, havendo companhias de teatro, associações relacionadas com a defesa de direitos, sindicatos, entidades institucionais, como a Câmara de Coimbra ou a Universidade, ou associações culturais.

“Passaram-se muitos anos sem comemorações dignas do 25 de abril na cidade”, salientou José João Lucas, da SOS Racismo e membro da comissão de organização, referindo que, nos anos 1990, “as pessoas foram-se desligando destes princípios e valores”.

Para o membro da organização, surge agora “a necessidade das pessoas mostrarem a sua posição”, sendo a celebração uma forma também de “se reivindicarem direitos”.

Todas as atividades das comemorações são gratuitas.

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