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Coimbra aumenta preço dos bilhetes de autocarro a bordo e pré-comprados

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 14-11-2022

A Câmara Municipal aprovou hoje o tarifário para 2023 dos Transportes Urbanos de Coimbra, que prevê o aumento dos bilhetes a bordo em dez cêntimos e de cerca de três cêntimos por bilhete na compra de títulos pré-comprados.

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A proposta do tarifário para 2023 dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) foi aprovada com os votos favoráveis da coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt) e contra do PS e da CDU.

A proposta mantém o valor dos passes – tal como determinado pelo Governo – mas acompanha a atualização tarifária para os bilhetes adquiridos a bordo e aos pré-comprados em 6,11%.

Na sua intervenção antes de a proposta ser votada, a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, realçou que o custo do bilhete a bordo, que irá passar de 1,6 euros para 1,7 euros, continua abaixo do valor praticado em Lisboa e no Porto, que é de dois euros.

“Coimbra tem de iniciar a caminhada de incentivo à fidelização do uso do transporte público, onde a revisão do tarifário aplicável assume um passo determinante”, defendeu a vereadora.

No caso dos títulos pré-comprados (que terão um aumento de três cêntimos por bilhete quando são comprados 11), o tarifário “é muito baixo comparativamente ao custo do passe, ao contrário do que se passa noutras cidades”, notou.

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Ana Bastos destacou que 10 títulos pré-comprados têm atualmente um custo de 0,58 euros por viagem, sendo necessário fazer “mais de 60 deslocações” nos SMTUC (quase três viagens por dia útil) para justificar o preço do passe, “o que é insensato”.

Também neste caso, a vereadora apontou para o que acontece no Porto e em Lisboa, em que os títulos pré-comprados têm um custo entre 1,25 euros e 1,35 euros por viagem, sendo necessárias entre 22 e 24 viagens para justificarem a compra do passe em detrimento de um conjunto de bilhetes pré-pagos.

A vereadora do PS Regina Bento criticou a proposta, recordando que o anterior executivo, do qual fez parte, “nunca aumentou as tarifas da água” nem o preço dos transportes.

“A insensibilidade social deste executivo é arrepiante”, protestou, considerando que, numa altura em que “Coimbra precisa que as pessoas andem de transporte público – até para aliviar o trânsito que se acumula na cidade devido às obras do Metro Mondego –, o preço aumenta”.

Regina Bento questionou ainda o executivo se a atual política tarifária para os SMTUC vai permitir atrair utentes, considerando “politicamente inaceitável” a atual proposta num momento de crise.

Já o vereador da CDU, Francisco Queirós, também criticou o aumento do valor dos bilhetes pré-comprados e a bordo.

Em resposta, Ana Bastos vincou que, mesmo que o Governo não financiasse os passes, o seu preço seria mantido, considerando que esse é “uma resposta direta às necessidades” das pessoas.

“O passe tem de ser competitivo em relação à compra individual”, defendeu, notando ainda que o valor continua a estar “muito abaixo daquilo que deveria ser uma resposta equilibrada” para incentivar a compra do passe.

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