Justiça

Cinco empresários portugueses detidos em investigação de fraude na Bélgica

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 13-12-2022

 Cinco empresários portugueses foram hoje detidos na Bélgica no âmbito de uma investigação de fraude à segurança social daquele país, numa operação conjunta que levou também a buscas da Polícia Judiciária (PJ) e do Ministério Público (MP) em Portugal.

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Segundo uma nota divulgada pela PJ, foram realizadas 12 buscas domiciliárias e não domiciliárias em Portugal, enquanto as autoridades belgas efetuaram seis buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo estas levado à detenção dos cinco empresários portugueses fora de flagrante delito.

Um comunicado anterior do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP já havia revelado que esta operação conjunta, resultante de uma Decisão Europeia de Investigação (DEI), visava os crimes de fraude contra a segurança social, de falsificação, de associação criminosa e de branqueamento.

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Este grupo de cidadãos portugueses usaria sociedades portuguesas e belgas – das quais alguns seriam sócios ou administradores – para “simular o destacamento para a Bélgica de trabalhadores supostamente vinculados às empresas nacionais, mas que, na realidade, estavam afetos às sociedades belgas”.

A segurança social belga terá ficado sem receber as contribuições de cerca de 1.100 trabalhadores, saindo lesada numa verba superior a 11 milhões de euros. A nota refere ainda que os suspeitos terão movimentado para Portugal mais de 25 milhões de euros para dissimularem os lucros da atividade criminosa.

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“Para além das diligências realizadas na região de Lisboa, Porto, Guarda e Vila Real – entre o mais, o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão – foi possível proceder à recolha de inúmera prova pessoal, de natureza testemunhal e através de interrogatórios de arguidos, bem como um vasto acervo de prova de natureza documental e digital”, acrescentou a PJ.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ foi responsável por desencadear esta operação, que integrou também a Diretoria do Norte, os Departamentos de Investigação Criminal da Guarda e de Vila Real, peritos das perícias informáticas e financeiras/contabilísticas e por intérpretes da Unidade de Cooperação Internacional.

Estiveram ainda presentes magistrados do DCIAP, representantes da Europol e do Eurojust, polícias, procuradores e um juiz belgas, além de elementos da Segurança Social daquele país e de membros da Agência Europeia do Trabalho e da Autoridade Europeia do Trabalho.

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