Falar de saúde íntima ainda é difícil para muitas mulheres. O desconforto, o tabu ou simplesmente a falta de informação levam a que dúvidas sobre odores, corrimentos, comichão ou sexo durante a menstruação fiquem por esclarecer. Mas quando se trata de saúde e bem-estar, não há espaço para constrangimentos.
Nenhuma pergunta é “embaraçosa” se contribui para escolhas informadas e um cuidado mais consciente. E porque o autocuidado também passa por saber escutar e respeitar os sinais do nosso corpo, vale a pena, em vésperas do Dia Internacional do Autocuidado, que se assinala a 24 de julho, lembrar que a higiene íntima merece atenção e informação.
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A zona íntima é especialmente sensível e requer cuidados específicos. A escolha de um produto de higiene íntima adequado é mais do que uma questão de conforto: é um passo essencial para proteger o equilíbrio da microbiota (flora) vaginal. Esta flora, composta por bactérias benéficas como os lactobacilos, atua como uma barreira natural contra infeções. Um produto agressivo ou com antissépticos pode destruir esta proteção e abrir caminho a sintomas incómodos como irritações, corrimentos ou odor desagradável.
Por outro lado, fatores como alterações hormonais (gravidez, menopausa, ciclo menstrual), uso de antibióticos, stress ou até roupas apertadas podem fragilizar esta flora. Nessas alturas, é essencial reforçar os cuidados e utilizar produtos com pH adequado, sem sabão e com ingredientes que acalmem e suavizem a pele, como a bardana.
Se tem ou já teve dúvidas sobre odores, corrimento, comichão, sexo durante a menstruação ou outros temas relacionados com a sua zona íntima, saiba que não está sozinha e que há respostas claras e soluções para cada uma dessas situações. Para ajudar a esclarecer dúvidas frequentes, muitas vezes silenciadas por vergonha ou desinformação, a Biocodex elenca cinco perguntas que continuam a surgir no dia a dia de muitas mulheres, e que sublinham a importância de uma boa higiene íntima, o respeito pelo equilíbrio natural da microbiota vaginal e da escolha de produtos adaptados às necessidades de cada fase da vida.
1.Odores vaginais: o que é normal e quando deve procurar ajuda?
Sim, é normal que a zona íntima tenha um cheiro próprio, resultado da ação de bactérias saudáveis que compõem a flora vaginal e da presença de glândulas sudoríparas. O odor pode variar ao longo do ciclo menstrual, durante a gravidez ou após relações sexuais, sem que isso represente qualquer problema de saúde. Cheiros ligeiramente ácidos, doces ou até metálicos são comuns. No entanto, um odor intenso, persistente, semelhante a peixe, ou acompanhado de corrimento alterado e comichão, pode indicar uma infeção, como vaginose ou candidíase, sendo essencial procurar um profissional de saúde. Para manter o equilíbrio da microbiota vaginal e evitar alterações, adote uma higiene íntima adequada, evite duches vaginais e escolha produtos específicos, com pH equilibrado e sem agentes agressivos.
2. Período e sexo: como tornar a relação sexual confortável, segura e agradável?
Ter relações sexuais durante a menstruação é perfeitamente normal e, para muitas mulheres, pode até trazer mais prazer devido às alterações hormonais. Não há contraindicações clínicas, desde que exista conforto e proteção adequada. O sexo pode ajudar a aliviar cólicas, melhorar o humor e promover um sono mais tranquilo. No entanto, é essencial lembrar que ainda há risco de gravidez e infeções, pelo que o uso de preservativo é recomendado. A comunicação com o parceiro, a remoção de tampões internos e a escolha de posições confortáveis são medidas que ajudam a tornar a experiência segura e positiva. Por fim, nunca normalize a dor: sentir desconforto durante o sexo, com ou sem menstruação, merece sempre atenção médica.
3 – Comichão lá em baixo: o que poderá ser?
A comichão vulvar pode ter causas simples, como suor excessivo, roupa justa ou uso de produtos inadequados na higiene íntima. No entanto, também pode indicar infeções como candidíase ou vaginose bacteriana, ou ainda alterações hormonais, especialmente na menopausa. A candidíase é uma das causas mais frequentes e pode surgir após o uso de antibióticos, períodos de maior stress ou alterações hormonais. Já a vaginose bacteriana, associada a um desequilíbrio da microbiota vaginal, pode originar comichão e corrimento com odor desagradável. Outras causas incluem irritações provocadas por produtos não específicos para a zona íntima, doenças dermatológicas e, em casos mais raros, lesões pré-cancerosas ou malignas. A menopausa, ao reduzir os níveis de estrogénio, também pode deixar os tecidos da vulva mais sensíveis e propensos à irritação. Manter uma higiene adequada, com produtos próprios, evitar duches vaginais ou usar roupa íntima folgada e de fibras naturais são passos fundamentais. Se o desconforto se mantiver, procure um médico.
4 – Corrimento vaginal: quando devo ficar preocupada?
O corrimento vaginal é um processo natural e essencial para a higiene e equilíbrio da vagina, atuando na autolimpeza e lubrificação dessa região. Normalmente, apresenta-se claro ou branco, com textura que pode variar ao longo do ciclo menstrual, e um odor suave, não desagradável. Alterações na cor, cheiro ou consistência, como corrimento verde, amarelo, ou com textura semelhante a queijo cottage, podem indicar infeções, especialmente quando acompanhadas por sintomas como dor, comichão ou odor forte. Nessas situações, a avaliação médica é recomendada para garantir o diagnóstico e tratamento adequados. Manter uma boa higiene íntima, utilizando produtos formulados para esta zona tão sensível ajuda a preservar a saúde da área íntima feminina.
5 – Cãibras menstruais: como encontrar alívio?
As cãibras menstruais, ou dismenorreia, são causadas por prostaglandinas, ou seja, hormonas produzidas pelo útero para facilitar a eliminação do seu revestimento durante o período menstrual. Essas substâncias provocam contrações musculares que resultam nas dores abdominais típicas desse período. Embora seja normal sentir algum desconforto, a intensidade da dor varia: para cerca de 10 a 15% das mulheres, as cólicas podem ser incapacitantes. Para aliviar esses sintomas, recomenda-se o uso de analgésicos, além de medidas simples como aplicar calor na região abdominal, praticar exercícios físicos e técnicas de relaxamento. Caso a dor seja intensa, persistente ou acompanhada de outros sintomas, como a febre, a consulta médica é fundamental para descartar condições como endometriose ou fibromas.
Porque nenhuma dúvida deve ficar sem resposta, e o cuidado íntimo diário merece uma atenção especializada, há um website que dá voz às perguntas que tantas vezes permanecem caladas, com informação validada por especialistas em higiene íntima feminina e mais de 30 anos de experiência. Saforelle assume esse compromisso, acompanhando cada etapa da vida da mulher com soluções que respeitam o equilíbrio íntimo e as reais preocupações de quem procura cuidado, conforto e confiança.
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