Autárquicas

Cidadãos por Coimbra querem dar mais atenção às zonas rurais do concelho

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 19-09-2021

O movimento independente Cidadãos por Coimbra (CpC) defendeu hoje que o município tem de dar mais atenção às zonas rurais do concelho, seja no apoio ao setor agrícola, na requalificação de património histórico ou no reforço de transportes coletivos.

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“Estamos aqui hoje para destacar a importância da agricultura e do mundo rural no município de Coimbra, que é um tema às vezes menos falado nas campanhas eleitorais, mas muito importante”, afirmou o cabeça de lista do CpC à Câmara de Coimbra, Jorge Gouveia Monteiro, que falava à agência Lusa numa ação de campanha em São João do Campo.

O candidato notou que há “uma realidade rural profunda”, seja nos campos do Mondego, seja nas zonas vinhateiras a norte e sul do concelho ou os viveiros em Ceira e Almalaguês.

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Para o antigo vereador eleito pela CDU, o mundo rural “é muito pouco destacado”, sendo necessária uma efetiva descentralização de meios para as freguesias.

Apoios na execução de caminhos florestais e limpezas, aquisição de destroçadores de matos para prevenir queimadas, assegurar transportes coletivos em zonas rurais e uma atitude “vigilante” do município face ao risco de cheias no Mondego são algumas das propostas do movimento, elencou.

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Segundo Jorge Gouveia Monteiro, outra questão fundamental para o CpC passa pela defesa e preservação de “património edificado muito valioso em muitas das freguesias”, apontando para o caso da antiga casa da família do escritor e político Jaime Cortesão, situada em São João do Campo, que está degradada.

“Está a atingir um limiar de ruína que pode deitar tudo a perder. É agora que se deve comprar e reabilitar e discutir com a população e a junta de freguesia o tipo de uso”, afirmou.

O candidato sublinhou que Jaime Cortesão, que foi perseguido durante o Estado Novo, “é homenageado em Ançã [Cantanhede] e é ignorado por Coimbra”.

“É uma aberração de ignorância, de falta de cultura de quem exerce o poder político em Coimbra”, notou.

A arqueóloga e número dois da lista do CpC à Câmara de Coimbra, Sónia Filipe, salientou que há vários espaços importantes para a memória coletiva de Coimbra e das suas comunidades que estão em ruína ou em pré-ruína, constatando que a requalificação de edifícios históricos fora da malha urbana tem sido descurada pelo município.

“Urge que estas medidas não se fiquem pelo espaço urbano onde tradicionalmente têm a tentação de ficarem, mas que se difundam em redes. A missão e a obrigação do município não se extinguem na cidade”, sustentou.

Os candidatos à Câmara de Coimbra são o atual presidente do município, Manuel Machado (PS), José Manuel Silva (coligação Juntos Somos Coimbra – PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR /Aliança), Francisco Queirós (CDU), Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra), Miguel Ângelo Marques (Chega), Filipe Reis (PAN), Inês Tafula (coligação Coimbra é Capital – PDR/MPT) e Tiago Meireles Ribeiro (Iniciativa Liberal).

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