Cidade

Cidadãos por Coimbra exigem nova maternidade nos Covões

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 07-06-2019

O movimento Cidadãos por Coimbra consideraram hoje que a instalação da nova maternidade no perímetro dos Hospitais da Universidade é um “grave erro político e uma grave cedência àqueles que encaram o congestionamento dos hospitais como oportunidade de negócio”.

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Aquele movimento falava depois de a ministra da Saúde ter anunciado que recebeu uma proposta para que a nova maternidade de Coimbra se localize no perímetro dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC), salientando que todos os estudos técnicos apontam para essa solução.

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Questionada pela agência Lusa sobre a localização da nova maternidade da cidade, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu hoje, em Coimbra, que a tutela recebeu “muito recentemente” uma proposta do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) que aponta para uma solução que passe pelo atual perímetro dos HUC.

Sobre o facto de a Câmara e Assembleia municipais e a Comunidade Intermunicipal defenderem a sua localização no Hospital dos Covões, a ministra frisou que “os estudos técnicos e todas as opiniões técnicas vão num determinado sentido, que é o da maternidade ser implantada no perímetro dos HUC.

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“A confirmar-se o anúncio da senhora ministra da Saúde de que o Governo terá recebido ‘uma proposta’ do Conselho de Administração do CHUC para localizar em Celas a nova maternidade de Coimbra, estaremos perante um grave erro político e uma grave cedência àqueles que encaram o congestionamento dos hospitais como uma oportunidade de negócio”, diz o movimento Cidadãos por Coimbra (CpC).

O CpC exige, por isso, “a divulgação dos propalados estudos técnicos com que sempre o presidente do Conselho de Administração do CHUC [Fernando Regateiro] se resguarda para não assumir as suas decisões concentracionárias e discriminatórias do Hospital dos Covões”.

“O município de Coimbra e a Comunidade Intermunicipal de Coimbra, que tomaram decisões contrárias àquela que o CA do CHUC propôs, devem igualmente exigir à senhora ministra da Saúde a correta ponderação daquilo que terá afirmado serem ‘perspetivas institucionais’. Não é admissível, após tantos anos de indecisão, vir argumentar com a urgência para passar por cima dos órgãos democráticos da cidade e da CIM (Comunidade Intermunicipal)”, remata o movimento.

O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, manifestou-se também hoje em “absoluto desacordo” com a localização da nova maternidade da cidade na área dos Hospitais da Universidade e considerou “inaceitável” que a autarquia não seja ouvida sobre o processo.

Também o vereador da CDU, Francisco Queirós, se referiu ao assunto, assumindo uma posição, que “é rara, mas às vezes acontece”, subscrevendo “na íntegra as palavras” do presidente do município.

Já o vereador social-democrata Paulo Leitão teme que o anúncio feito hoje seja mais uma manobra de diversão sobre a nova maternidade em Coimbra, que “é urgente” e não pode continuar a ser adiada.

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