Coimbra

CHUC: Nesta época de Covid-19, nada muda a respeito do tratamento do AVC

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 02-11-2020

 

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Assinalou-se, no passado dia 29 de outubro, o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC). É um dia que nos obriga, a todos, a refletir sobre esta doença que, ano após ano, se mantém como a principal causa de morte e incapacidade em Portugal prevendo-se que mantenha esse estatuto indesejado em 2020, mesmo em contexto de pandemia. 

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João André Sousa e João Sargento Freitas, neurologistas da equipa da Unidade de AVC do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário Coimbra (CHUC) deixam algumas reflexões e esclarecimentos sobre esta doença e a sua incidência. Como nos referem, “trata-se de uma doença que entope ou rompe os vasos sanguíneos do cérebro, impedindo a chegada de oxigénio e nutrientes a determinadas áreas do nosso cérebro. Uma em cada 4 pessoas será vítima de um AVC durante a sua vida.” 

E prosseguem dando nota de que se trata de “uma doença súbita mas a sua história natural começa anos antes com os “suspeitos do costume”- sedentarismo, obesidade, tabaco, álcool, tensão arterial e colesterol elevados, diabetes, doenças cardíacas como a fibrilação auricular, entre outros – . Prevenir é melhor que remediar e o mesmo se aplica ao AVC”. 

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Quando a prevenção não resulta, é vital uma deteção precoce. E prosseguem, “no AVC o tempo é cérebro! Cada minuto que passa após a instalação desta urgência neurológica corresponde a 1,9 milhões de neurónios irreversivelmente perdidos. Por isso, é fundamental reconhecer os principais sinais de alarme (3 F’s) que exigem uma chamada imediata para a linha 112.  São eles os 3 F’s: desvio da Face, falta de Força de um lado do corpo e dificuldade na Fala. Quanto mais cedo se detetar, tanto maior será a probabilidade de tratamento de modo a evitar sequelas. “ 

João André Sousa e João Sargento Freitas esclarecem que nada muda a respeito do tratamento do AVC, nesta época de Covid-19, “mantendo-se a total disponibilidade de uma equipa dedicada e diferenciada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) que trabalha 7 dias por semana/24h por dia, em contacto permanente com os vários hospitais da região centro, de forma a oferecer o melhor tratamento possível a todos os doentes que dele puderem beneficiar.”

Os neurologistas alertam ainda que não deve existir nenhum receio, nem nenhuma demora, no accionamento da linha 112 perante a instalação súbita de um dos 3 sinais de alarme que exigem uma chamada imediata. “Mesmo nesta época da Covid_19 parar o AVC continua a ser uma missão de todos”, rematam. 

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