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CHUC: Ficaram por fazer metade dos diagnósticos de doença pulmonar obstrutiva (com video)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 17-11-2021

“Ficaram por fazer 50 por cento dos diagnósticos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica durante a pandemia devido às “restrições de disseminação de aerossóis” necessárias nos exames disse hoje o diretor do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

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“Há muito para recuperar no tratamento da (DPOC)” que já é a terceira causa de morte afirmou Carlos Robalo Cordeiro durante a sessão comemorativa dos 50 anos do Serviço de Pneumologia em Coimbra. O médico realçou que os “hábitos tabágicos e a poluição aérea” são as principais causas da doença respiratória crónica. Cerca de 22 por cento dos portugueses fumam – afirmou sublinhando que o tabaco é a causa de mais de 80 por cento da DPOC.

O diretor de Pneumologia considerou que a covid-19 “ainda não é uma doença endémica” e que a assistência a doentes com Obstrução Crónica Pulmonar continua a ser realizada com restrições.

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A presidente da RESPIRA, Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas, recordou que houve duas suspensões de cuidados aos doentes ao longo da pandemia que tiveram “efeitos perversos”. Isabel Saraiva criticou o estado português e o SNS por não fazer cumprir o despacho que prevê atuação em três frentes: “diagnostico precoce, consultas de cessação tabágica e a reabilitação respiratória” que deveria estar implementada em todos os Agrupamentos de Centro de Saúde do país.

O “falhanço do Estado português” foi apontado pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) uma vez que não existe um estudo sobre a prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica nacional nem por regiões em Portugal.

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António Morais afirmou que o hábito do tabaco já não é uma questão de falta de informação mas tem uma forte componente social. Um inquérito da SPP aos jovens no Dia da Defesa Nacional revelou que 60 por cento dos jovens já fumaram aos 18 anos, revelou.

O presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, defendeu que para além da mortalidade da DPOC é também significativa a “morbilidade causada pela perda respiratória irreversível” e deve ser acompanhada.  José Alves disse que um dos objetivos da Fundação é “levar a todas as casas um espirómetro (aparelho que mede a função pulmonar) a preço acessível” e conseguir ter um retrato da doença como já se realiza com a tensão arterial ou com a diabetes.

No final da sessão foi apresentado o livro de homenagem ao fundador do serviço de Pneumologia, António José de Amorim Robalo Cordeiro a inauguração da exposição comemorativa dos 50 anos do Serviço de Pneumologia patente no átrio do CHUC.

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