Política

Chega vai apresentar “novas candidaturas” para vice-presidente e vice-secretário da Assembleia da República

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 dias atrás em 03-06-2025

Chega vai apresentar “novas candidaturas” para vice-presidente e vice-secretário da Assembleia da República, depois de os deputados Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo terem falhado a eleição, indicou o presidente do partido.

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“Quero também dar a informação que, no seguimento do que referiu, reunirei com o grupo parlamentar e apresentaremos novas candidaturas para os lugares em questão, no prazo que depois a conferência de líderes decidir”, afirmou.

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O anúncio foi feito por André Ventura no final da sessão plenária de hoje, após a proclamação dos resultados da eleição para vice-presidentes, secretários e vice-secretários da Mesa da Assembleia da República.

O presidente do Chega não especificou se o partido voltará a indicar os mesmos nomes. O grupo parlamentar já tinha uma reunião prevista para quarta-feira.

O líder do Chega lamentou a não eleição dos seus deputados Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente do parlamento, que falhou a eleição por um voto, e Filipe Melo para vice-secretário, que precisava de mais três.

Depois de anunciados os resultados, o presidente da Assembleia da República disse estar “verificado o quórum necessário ao funcionamento” do parlamento, pelo que “tem as condições para funcionar, nos termos regimentais”.

José Pedro Aguiar-Branco indicou igualmente que “a repetição desta eleição deve acontecer na primeira sessão, imediatamente a seguir a esta, que será aquando da discussão do Programa de Governo”.

O presidente do parlamento afirmou que aguarda indicações quanto ao dia da posse do novo executivo e que, depois, será marcada uma conferência de líderes para agendar nova sessão plenária para essa discussão.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, também pediu a palavra para dizer que falou com André Ventura e que deu indicação de que o PSD “estava disponível para repetir hoje a eleição para garantir a eleição total da mesa”, caso “fosse essa a intenção” do Chega. 

Antes de abandonar a Assembleia da República, o presidente do Chega falou aos jornalistas sobre a não eleição de Diogo Pacheco Amorim paria vice-presidente da Assembleia da República e de Filipe Melo para as funções de vice-secretário.

“No novo quadro parlamentar, fizemos um esforço, não diria de entendimento, mas de estabilidade para que a Assembleia da República tivesse órgãos a funcionar no primeiro dia. Houve um entendimento alargado e pensei que esse entendimento fosse estendido às três principais forças representadas no parlamento”, declarou, aqui numa alusão ao PS, para além do PSD.

André Ventura disse mesmo que, esta manhã, ouviu o presidente do PS, Carlos César, “a dizer que tinha dado a indicação para que também os nomes do Chega fossem votados”. 

“Mas o que se passou foi um espetáculo deprimente e uma nova traição feita pelas costas. Foi uma traição rasteira. Uma tentativa de cordão sanitário ao segundo partido, o que não se entende”, sustentou.

Interrogado sobre quem, na sua opinião, não respeitou o entendimento antes estabelecido, André Ventura respondeu: “Não quero estar a atribuir responsabilidades”. 

“Não quero fazer disto um super caso, mas é lamentável. Mostra que estão a tentar fazer um cordão sanitário ao segundo maior partido. Vou ter de reunir com o Grupo Parlamentar” do Chega, acrescentou.

Diogo Pacheco de Amorim teve 115 votos a favor, 115 votos brancos e zero nulos, enquanto Filipe Melo conseguiu 113 votos a favor, 117 brancos e zero nulos.

O único candidato do Chega que foi eleito foi Gabriel Mithá Ribeiro, que é reconduzido como secretário da Mesa da Assembleia da República. Teve 131 votos a favor, 99 brancos e zero nulos.

Diogo Pacheco de Amorim, Gabriel Mithá Ribeiro e Filipe Melo já tinham desempenhado estas funções na anterior legislatura.

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