A candidata do Chega à Câmara de Coimbra defendeu hoje que a Polícia Municipal pode desempenhar um papel de policiamento de proximidade, face àquilo que considera ser uma perceção de insegurança no concelho.
“Eu penso que esta polícia de proximidade, que a PSP também faz, a Polícia Municipal também o poderia fazer”, disse à agência Lusa Maria Lencastre Portugal, que falava no final de uma reunião com o comandante distrital de Coimbra.
Para a candidata do Chega, esse acréscimo de competências à Polícia Municipal poderia colmatar a falta de agentes sentida na PSP.
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“A Polícia Municipal poderia referenciar, identificar e transportar para a Câmara Municipal, na sua divisão de ação social, situações que necessitariam de apoio e para a PSP as situações que necessitam de outro tipo de apoio, mais em termos legais do que sociais”, explicou.
Na sua ótica, essa relação de proximidade poderia ser benéfica, face à presença de “uma farda”, podendo ajudar a identificar problemas sociais como idosos isolados, com “falta de capacidade para ir buscar uma botija de gás”.
Na reunião com o comandante, Maria Lencastre Portugal disse que lhe foi comunicado que “a perceção de falta de segurança não é mensurável com o número de ocorrências” registadas pelo Comando da PSP de Coimbra.
“Efetivamente, há um problema grave na Baixa de Coimbra, que o comandante reconhece. Grave também na questão da perceção, em que as pessoas se sentem inseguras”, disse.
Maria Lencastre Portugal questionou o comandante se os números não refletem o facto de haver “menos agentes da polícia na rua”, algo também negado pela chefia da PSP, contou.
Apesar disso, a candidata entende que a sensação de insegurança estará relacionada com a falta de polícias na rua e com “um descrédito grande das pessoas nas instituições”.
Na área da segurança, o Chega propõe que a Câmara de Coimbra atue junto do Governo para ser criada uma esquadra da PSP na margem esquerda do Mondego, assim como a reposição da segunda equipa de intervenção rápida da PSP (desmantelada depois de 18 agentes terem metido baixa médica no dia de um jogo de futebol, em 2024, numa altura de protestos de polícias por melhores condições salariais).
“Nós, população, queremos aquela equipa novamente junta”, vincou, recordando a petição para repor aquela equipa.
Sobre a reunião, Maria Lencastre Portugal considerou que “as angústias” que lhe chegam “são efetivamente contrárias” àquilo que ouviu do comandante.
Além da candidata do Chega, são candidatos nas eleições de 12 de outubro o atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/MPT/Volt); a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN); o vereador Francisco Queirós, pela CDU (PCP/PEV); o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Sancho Antunes, pelo ADN; e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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