Região

Chega candidata consultor energético Tiago Martins em Soure

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 23-07-2025

Imagem: Facebook

O consultor energético Tiago Martins, de 33 anos, é o candidato do partido Chega à presidência da Câmara Municipal de Soure, no distrito de Coimbra, com a fixação de jovens e de empresas na agenda.

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“Há uma ideia que tem sido vendida e divulgada várias vezes em campanhas eleitorais, mas que na prática, nunca se cumpre e o problema de Soure é muito simples: não consegue fixar as pessoas”, disse à agência Lusa Tiago Martins.

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“Enquanto não tivermos uma zona industrial perto do nó da [autoestrada] A1, enquanto não tivermos habitação acessível, e temos casas a cair já há muitos anos, não vamos conseguir fixar os nossos jovens”, acrescentou o candidato do Chega.

Natural e residente na freguesia de Granja do Ulmeiro, no norte do concelho, junto ao rio Mondego, Tiago Martins criou a sua própria empresa de consultoria energética, frisando que os jovens da sua geração têm sido obrigados a sair de Soure à procura de emprego, com alguns a fixarem-se nos concelhos vizinhos de Ansião (Leiria) ou Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho (Coimbra).

“Temos mesmo de nos concentrar naquilo que mais importa, que é fixar os nossos filhos, os nossos netos, no nosso concelho. Se olharmos para as eleições legislativas de 2024 e 2025, percebemos que em todos os concelhos morre gente, em todos há jovens a fazer 18 anos, mas Condeixa aumentou eleitores, Montemor aumentou eleitores e Soure perdeu”, exemplificou.

E continuou: “Se olharmos para estas três realidades, e Soure foi o único que perdeu, percebemos que se podem fazer muitas promessas, mas temos de fixar empresas cá, temos de apostar a sério numa zona industrial, é a nossa proposta-mãe”, resumiu Tiago Martins.

Assinalando que o concelho precisa de pessoas novas, Tiago Martins vincou uma veemente opinião contra alguns dos seus adversários nas próximas eleições de 12 de outubro, nomeadamente os da área do PS, responsabilizando-os por aquilo que disse ser a falta de desenvolvimento de Soure.

O município, lembrou o candidato do Chega, teve apenas dois presidentes de Câmara nas últimas três décadas: João Gouveia, de 65 anos, que cumpriu três mandatos pelo PSD (entre 1993 e 2005), seguidos de dois pelo PS, eleito em 2005 e 2009 e recandidata-se este ano, e o atual presidente, o socialista Mário Jorge Nunes, que esteve 12 anos no cargo.

“E o João Gouveia saiu da Câmara, mas a Câmara nunca saiu dele, esteve na Assembleia Municipal e agora vai, outra vez, candidatar-se a Presidente de Câmara pelo PS”, notou.

As críticas estenderam-se à lista “intitulada como independente” [Soure, o Novo Ciclo], que o candidato do Chega disse ter sido formada por militantes que, perdidas as eleições internas do Partido Socialista, em setembro de 2024, se desfiliaram.

“O Mário Jorge Nunes ou eles é a mesma coisa, a atual vice-presidente da Câmara é a número dois [do movimento], o Rui Fernandes [de 48 anos, candidato a presidente] é o arquiteto da Câmara e foi chefe de gabinete da presidência”, observou

Já a candidatura do PSD, liderada pelo social-democrata Carlos Páscoa, gestor de empresas de 63 anos – que integrou por duas vezes o executivo municipal como vereador – também mereceu reparos de Tiago Martins, ao considerar o candidato como “alguém que vai à luta pela terceira vez para ser presidente, mas só aparece na altura das eleições”.

“Se o Carlos Páscoa for eleito, ou o Rui Fernandes ou o João Gouveia, não são eles que vão conseguir salvar Soure, é preciso alguém novo”, reafirmou.

De fora das críticas do candidato do Chega ficou a candidata da CDU, a atual deputada municipal e professora do ensino básico Daniela Pinto, de 45 anos, que quer recuperar o mandato na vereação alcançado em 2013 e 2017, mas perdido em 2021.

Nas últimas eleições, o PS venceu com maioria absoluta em Soure, com 45,04% dos votos (quatro mandatos), enquanto o PSD obteve três mandatos no executivo municipal (37,54%).

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