O deputado do Chega Pedro Frazão acusou hoje o executivo de Luís Montenegro de falar muito e fazer pouco e de falhar “em todas as frentes”, considerando que “basta de governos que não governam”.
“Portugal está cansado dos que falam muito e fazem pouco, e o Governo de Luís Montenegro é especialista nisso mesmo”, afirmou, numa declaração política na Assembleia da República.
O vice-presidente do partido equiparou o Governo PSD/CDS-PP a um carro sem travões: “Prometeu muita velocidade, mas estatelou-se de frente contra o muro da verdade. O Governo de Montenegro falhou em todas as frentes e nós estamos aqui para dizer, em voz alta, aquilo que a rua diz, aquilo que o povo já grita nas ruas”.
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“Basta de promessas e mentiras, basta de Governos que não governam”, afirmou, recomendando aos membros do executivo que “saiam da frente” se “não sabem como bem fazer”, e deem lugar ao seu partido.
Entre os “graves falhanços do Governo”, Pedro Frazão apontou os incêndios que afetaram vários pontos do país durante o verão ou o acidente com o elevador da Glória, em Lisboa, a crise na habitação, e deixou críticas em áreas como justiça, imigração, segurança e agricultura.
“Passando para o Serviço Nacional de Saúde, uma promessa que o PSD fez em virar a página em 60 dias, pois esse virar de página transformou-se num virar de cara do primeiro-ministro. Faltam médicos, faltam enfermeiros, faltam as urgências, mas sobra propaganda. O Governo diz que está tudo melhor, que está tudo quase bem, mas oiçam as ruas, senhores deputados, perguntem às famílias que esperam meses por uma consulta, que procuram lugar para os seus bebés nascerem, que percorrem centenas de quilómetros para encontrar uma urgência aberta”, sustentou.
No que toca aos incêndios, o deputado do Chega assinalou que “desde 2007 já foram gastos 3.100 milhões de euros”, e criticou a falta de meios aéreos próprios de combate aos incêndios.
“Quando se gastam 3.100 milhões de euros em oito anos e nada muda, isto não vos cheira a corrupção? Sim, a corrupção, esse maior buraco negro da nossa democracia, todos os dias mais um escândalo, mais uma vergonha, mais o nome ligado ao PS ou ao PSD”, acusou, considerou que os portugueses se perguntam se “vale a pena trabalhar, vale a pena pagar impostos neste país, vale a pena ficar aqui quando os poderosos vivem impunes”.
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