Política

Chefia do Estado: Costa dá como certa a reeleição de Marcelo

Rui Avelar | 4 anos atrás em 13-05-2020

A oito meses das próximas eleições presidenciais, o primeiro-ministro deu, hoje, como certa a recondução de Marcelo Rebelo de Sousa na Chefia do Estado.

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Por ocasião de uma visita à AutoEuropa, António Costa, que também é o líder do PS, fez o pré-anúncio da recandidatura do Presidente da República (PR) e deixou implícito que o partido com maior representação parlamentar não deverá apoiar um(a) candidato(a) alternativo(a) a Marcelo.

O gesto do chefe do Governo, mais do que um alvitre, nada tem de miraculoso embora haja sido a 13 de Maio que Costa tirou ‘o coelho da cartola’.

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António Costa, que remeteu para uma “tradição de visitas”, em conjunto, do PR e do primeiro-ministro, à AutoEuropa, fez notar que ambos ali se deslocaram em 2016 e em 2020 (último ano do actual mandato de Rebelo de Sousa).

“A terceira data é óbvia”, alegou Costa, acenando com o “primeiro ano [2021] do segundo mandato” do actual Presidente da República.

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Neste contexto, o primeiro-ministro exortou Marcelo a aceitar “o desafio” posto a ambos no sentido de, oportunamente, almoçarem no refeitório da empresa.

Aparentemente indiferente ao optimismo de Costa, desta não vez rotulado de irritante [o optimismo] pelo PR, Rebelo de Sousa limitou-se a dizer que lá estarão, “em qualquer caso”, querendo significar que poderá tomar parte na refeição ainda que não se recandidate.

Marcelo ressalvou, porém, “a impossibilidade” de os convidados para o sobredito almoço se substituírem à “vontade do povo português”.

“Importante, por ora, é o desejo de trabalhar em conjunto”, concluiu Rebelo de Sousa.

A eleição do Chefe do Estado para o quinquénio 2021 – 25 ocorrerá em Janeiro, sendo que, entre o início de Setembro [de 2020] e o começo de Março (último meio ano do actual mandato do PR), Marcelo Rebelo de Sousa irá estar impedido pela Constituição da República de dissolver o Parlamento.

À conjuntura política dos próximos Outono e Inverno – em que, desejavelmente, haverá lugar à aprovação pela Assembleia da República da proposta de Orçamento do Estado para 2021, da autoria do Governo –, acresce a actual conjuntura económica e social, profundamente marcada pela pandemia da covid-19.

Se a presente legislatura durar até 2023 e a seguinte terminar quando estiverem volvidos quatro anos, o provável segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa esgotar-se-á a meio do quadriénio 2024 – 27.

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