A ferramenta de inteligência artificial (IA) mais usada em Portugal é o ChatGPT, seguida do Copilot, segundo o estudo “IA – Impacto e Futuro 2025” coordenado pela Magma, em parceria com a CIP e apoio da DSPA, hoje divulgado.
“A ferramenta mais utilizada “é o ChatGPT (87,5%), seguida do Copilot (37,6%)”, refere o estudo que teve como objetivo perceber qual é o verdadeiro estado de adoção da inteligência artificial em Portugal este ano.
O modelo de IA da Google, o Gemini, é usado por 29,1%, enquanto o Perplexity é utilizado por 13,6%.
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A maioria dos inquiridos (72,8%) usa as versões gratuitas e 19% ambas. As pagas são usadas por 8,2%, de acordo com os dados.
Segundo o documento, “nas empresas, os profissionais com maior utilização trabalham em áreas/departamentos de tecnologia e inovação (29,5%), apoio e suporte (27,8%) e marketing & comunicação (24,8%)”.
Outra das conclusões é que a larga maioria (94,8%) dos profissionais já usam IA: com 73,1% a fazê-lo “pelo menos semanalmente” e quase metade (48,2%) diariamente.
Quase dois terços (64,6%) não fez formação relacionada com a IA generativa nos últimos 12 meses.
Dos 35,4% que fizeram formação com IA generativa, de acordo com a investigação, 35,8% “fizeram uma formação menor do que três horas; destes, 86,3% uma formação de ‘introdução à IA'”, lê-se no documento.
Nos profissionais, “as principais finalidades da utilização de IA são criação de conteúdo (50,4%), investigação/estudo (43,5%), ideação e ‘brainstorming’ (42,6%)”.
Já nos estudantes, os principais objetivos de uso da inteligência artificial são maioritariamente investigação/estudo (64%), automatização de tarefas (42,8%) e ideação e ‘brainstorming’ (40,7%).
Outra das conclusões do estudo é que o uso da IA permite poupar tempo e concentrar em tarefas “mais criativas ou complexas”, “iniciar novas tarefas profissionais” e “realizar mais tarefas do mesmo tipo”.
Além do contexto profissional, a IA é utilizada para apoio à investigação e estudo, organização pessoal e pesquisa e leitura de notícias ou artigos.
Segundo o estudo, “39,9% dos profissionais diz que a empresa permite usar IA com diretrizes específicas e 36,9% diz que a empresa permite usar IA sem restrições”.
Menos de um terço (30,3%) dos profissionais “acredita que a sua organização está a adotar suficientemente a IA generativa de forma estruturada e estratégica” e 5,3% “tem um elevado nível de preocupação em relação à possibilidade de a IA substituir o seu trabalho”.
O estudo concluiu ainda que 64,7% dos profissionais afirma “ter pouca ou nenhuma preocupação em relação à possibilidade de a IA substituir o seu trabalho” e 28,8% não sabe em que áreas da sua organização a IA generativa já está a ser usada.
O estudo “IA – Impacto e Futuro” é uma investigação coordenada pela Magma Studio, em parceria com a CIP e a DSPA – Data Science Portuguese Association, e recolheu a opinião de 2.762 pessoas, ‘online’, entre junho e outubro deste ano.
Relativamente à amostra, 60,3% dos inquiridos são profissionais de empresas e/ou profissionais liberais e 39,7% são alunos universitários.
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