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Cestaria de Arganil: tradição artesanal que resiste ao tempo e conquista novos admiradores

Notícias de Coimbra | 8 minutos atrás em 15-10-2025

Num território onde a tradição ainda fala mais alto, a arte da cestaria continua viva e a reinventar-se no concelho de Arganil.

Das mãos dos artesãos nascem cestos, esteiras, açafates, alcofas e canastras, peças que outrora eram ferramentas indispensáveis no quotidiano agrícola e doméstico, e que hoje ganham também lugar como objetos de decoração e símbolos de autenticidade.

A cestaria é expressão do território: nas zonas húmidas, como Arganil, a madeira de castanho é a matéria-prima predominante. Dela se extrai a “correia”, uma fita fina usada para prender o arco, as costas, as ilhargueiras e o fecho das cestas. O resultado são peças resistentes e duradouras, essenciais nas antigas tarefas agrícolas — desde o transporte do estrume às colheitas de batatas e uvas.

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Embora a mimosa por vezes seja utilizada, a sua menor resistência faz com que o castanho continue a ser a escolha de excelência dos artesãos locais.

Face à invasão dos plásticos, a cestaria de Arganil tem sabido renovar-se, adaptando-se aos tempos modernos sem perder a autenticidade. Hoje, os cestos tradicionais são também símbolos de sustentabilidade e encontram novos públicos, tanto em feiras de artesanato como em espaços urbanos e turísticos.

Entre os que mantêm viva esta tradição estão Carlos Almeida Lopes e Hugo Lopes, artesãos de Vila Cova de Alva, que continuam a produzir manualmente estas obras únicas e a divulgar o saber tradicional da região

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