Economia

Cerca de 86 mil famílias retomam pagamento dos empréstimos em abril

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 30-03-2021

As moratórias privadas para o crédito à habitação acabam esta quarta-feira, dia 31 de março, para 86 mil particulares, segundo indicou hoje o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

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Este número foi referido pelo responsável do banco central que esteve hoje a ser ouvido na comissão de Orçamento e Finanças sobre moratórias de crédito, numa altura em que uma parte destas está prestes a terminar.

Segundo Mário Centeno do total de 294.700 devedores com moratória de crédito à habitação, 86 mil aderiram à moratória privada (criada no âmbito da Associação Portuguesa de Bancos), retomando a partir de abril o pagamento dos empréstimos.

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Mário Centeno adiantou ainda, em resposta a um leque de questões da deputada do CDS-PP Cecília Meireles, que o valor médio dos créditos à habitação que recorreram à moratória pública ronda os 65 mil euros, enquanto na moratória privada aquele valor médio é de 38 mil euros.

“As exposições na moratória privada são muito mais reduzidas do que na pública”, precisou Mário Centeno, durante uma audição em que vários deputados usaram expressões como ‘tsunami’ de crédito mal parado ou ‘bomba-relógio’ para ilustrarem as suas preocupações com o fim das moratórias – sendo que a pública termina em 30 de setembro de 2021.

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Relativamente ao crédito das empresas que se encontra abrangido pelas moratórias públicas às empresas, concretamente das que integram os setores mais afetados pela pandemia, Mário Centeno revelou que 20% correspondem a créditos com garantia pública e cerca de 48% tem garantias reais.

A par dos números, Mário Centeno referiu que a informação que o BdP tem é de que os bancos “estão a trabalhar com os seus clientes” e a acompanhá-los de forma a que a avaliação e resposta de eventuais dificuldades seja feita caso a caso.

O governador do BdP disse ainda que os bancos aumentaram as provisões em 2.000 milhões de euros durante o ano de 2020 (uma subida de 44% face a 2019), sendo esta uma primeira resposta de preparação dos bancos “para aquilo que possam ser eventos de incumprimento associados às moratórias ou a crise em geral, nos próximos anos”.

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