Economia

Cerâmica portuguesa quer maior competitividade e apostar na internacionalização

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 08-03-2021

A APICER – Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e Cristalaria quer melhorar a competitividade da cerâmica portuguesa e apostar em mercados como os Estados Unidos, Alemanha, França e Itália, disse à Lusa o presidente.

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Este é um dos objetivos do projeto INTERCER – Promoção da Internacionalização da Cerâmica Portuguesa”, promovido pela APICER e que será tema de um seminário ‘online’ que decorrerá na quinta-feira.

Iniciado em 24 de dezembro de 2020, o projeto será desenvolvido até 23 de dezembro de 2022, foi aprovado com um investimento elegível de 930.978 euros e é cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade Internacionalização.

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O projeto “visa mudar a perceção que os mercados têm da cerâmica portuguesa, nomeadamente dos subsetores da cerâmica utilitária e decorativa e pavimentos e revestimentos cerâmicos. Para tal, pretende definir e comunicar um novo posicionamento para a cerâmica ‘made in Portugal’, por forma a melhorar a competitividade da cerâmica portuguesa”, afirmou José Luís Sequeira.

O presidente da APICER adiantou que os mercados alvo são, para o subsetor da cerâmica utilitária e decorativa, os Estados Unidos, Alemanha, França e Itália e, para o subsetor dos pavimentos e revestimentos cerâmicos, os EUA, Alemanha e França.

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O projeto visa também, segundo José Luís Sequeira, “melhorar a comunicação e a imagem do setor, essencialmente nos mercados internacionais”, “aumentar a perceção da qualidade percebida dos produtos nos mercados internacionais, através de um conjunto de ações e suportes de comunicação” e “reforçar a visibilidade internacional da oferta do setor”.

Num ano marcado pela pandemia de covid-19 e pela “adoção de medidas de forte restrição à atividade económica e social”, o presidente da associação destacou o desempenho das exportações de cerâmica em 2020, “menos desfavorável do que o verificado para o conjunto das exportações nacionais de bens”, registando uma queda de 6,4% para um total de 662,26 milhões de euros.

“A cerâmica portuguesa continua a destacar-se pela sua contribuição positiva para a balança comercial portuguesa (474,5 milhões de euros em 2020), atingindo uma taxa de cobertura das importações pelas exportações que ascendeu a 352,7%”, destacou José Luís Sequeira, acrescentando que, no ano passado, as exportações de produtos cerâmicos chegaram a 160 mercados internacionais.

A indústria cerâmica portuguesa é composta por 1.139 empresas, das quais 454 sociedades e 685 empresas individuais, segundo os últimos dados publicados pelo INE e referentes ao ano de 2019.

O volume de negócios obtido ascendeu a 1.174,2 milhões de euros, dos quais 65,8% diz respeito aos subsetores da cerâmica utilitária e decorativa e pavimentos e revestimentos cerâmicos.

O emprego do setor corresponde a 18.375 trabalhadores, o número médio de trabalhadores por empresa é de 16,2, sendo que 16 empresas empregam 250 ou mais trabalhadores.

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