Cidade

Centro João Paulo II quer transformar espaços devolutos em oficina e residência para sem-abrigo

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 08-04-2014

O Centro de Acolhimento João Paulo II quer transformar espaços devolutos de Coimbra em oficina e residência para sem-abrigo, de forma a potenciar a “reintegração profissional” de pessoas em situação de exclusão social.

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O Centro de Acolhimento João Paulo II já pediu ajuda à Câmara de Coimbra, no sentido de esta disponibilizar “imóveis devolutos” do município para o projeto, disse hoje Armando Garcia, presidente da associação.

O objetivo passa por criar um centro de acolhimento que receba pessoas em situação de sem-abrigo, “por um período limitado”, e um “espaço terapêutico e ocupacional”, para estimular os sem-abrigo “a outras atividades” e dar-lhes um “sentido de mudança” e “hipótese de um trabalho”, explicou.

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Os dois espaços permitiriam que “o indivíduo ganhasse hábitos e regras de convivência e partilhasse as suas experiências e motivações”, explicou Armando Garcia.

O projeto quer “capacitar jovens e adultos” e dar-lhes “as ferramentas necessárias” para que possam ser reintegrados na sociedade, disse o presidente do Centro de Acolhimento, considerando que este tipo de trabalho envolve “teimosia, determinação e paciência”.

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“São pessoas extremamente fragilizadas, com bastantes dependências, com problemas na área da psiquiatria e fortemente marcadas pela falta de afetividade”, não sendo “fácil uma mudança”, sublinhou.

Além dos dois espaços vocacionados para a população sem-abrigo, o Centro de Acolhimento vai expandir a sua área de intervenção.

Até agora, o trabalho com os sem-abrigo a partir da unidade móvel da associação apenas se cingia à cidade, querendo agora estender o raio de ação a todo o concelho de Coimbra, estando também aberta a possibilidade de colaboração com concelhos vizinhos, “como Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo ou Montemor-o-Velho”, adiantou Armando Garcia.

De acordo com este responsável, o Centro de Acolhimento optou pelo alargamento da sua zona de intervenção para “rentabilizar a unidade móvel” e os recursos técnicos disponíveis.

“Se temos os recursos, temos de os pôr ao serviço da população”, defendeu, frisando que chega “menos apoio aos sem-abrigo em zonas rurais”.

A unidade móvel do Centro de Acolhimento integra serviço social, apoio psicológico e jurídico, apoio na área da enfermagem e da medicina, assim como uma componente “focada na área da empregabilidade”, assegurou.

A expansão deve ser concretizada, segundo Armando Garcia, antes do verão ou no início de setembro.

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