Saúde

Centro de saúde em Coimbra vive “ambiente de sufoco térmico”

Notícias de Coimbra com Lusa | 14 minutos atrás em 25-08-2025

 O vereador da CDU da Câmara de Coimbra alertou hoje para as atuais condições do Centro de Saúde Norton de Matos e considerou que o projeto previsto de ampliação daquela unidade não resolve os atuais problemas.

As três unidades de saúde familiar e uma unidade de cuidados na comunidade que compõem o Centro de Saúde “encontram dificuldades devido a problemas de infraestruturas decorrentes da obsolescência da construção e da falta de manutenção, que têm prejudicado de forma direta a saúde e segurança dos profissionais de saúde e utentes”, afirmou Francisco Queirós, durante a reunião do executivo.

“Ausência de climatização funcional na maior parte das instalações, ausência de lavatórios em vários gabinetes de enfermagem, desadequação de mobiliário e de equipamentos terapêuticos, degradação de pisos e de paredes”, e “deficiente isolamento de janelas e paredes” são alguns dos problemas encontrados.

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Segundo Francisco Queirós, durante o verão, registam-se temperaturas interiores “elevadíssimas, muitas vezes superiores às registadas no exterior”, criando um “ambiente de sufoco térmico”.

As atuais condições, vincou, “não podem ser resolvidas com a distribuição de ventoinhas”, dando nota de episódios de mal-estar entre utentes e inutilização de vacinas armazenadas.

Para Francisco Queirós, a empreitada de ampliação do Centro de Saúde, que é discutida na reunião de hoje, não terá capacidade “para albergar todas as unidades existentes”, sendo necessária uma “intervenção nos edifícios atuais”, cuja ação não está prevista no atual projeto.

“Exige-se um plano de intervenção imediato nas instalações atuais do Centro de Saúde Norton de Matos, independentemente da construção de novas instalações”, defendeu Francisco Queirós.

Na resposta, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, recordou que o município, no âmbito da transferência de competências, herdou centros de saúde “num estado lastimável” e sem capacidade para realizar todas as obras necessárias nas diferentes unidades que existem no concelho.

O processo de descentralização, esclareceu, transferiu a responsabilidade, “mas não as verbas necessárias”, apontou, considerando que o Estado tem de assegurar “o financiamento adequado” para a reabilitação das estruturas.

Até isso acontecer, o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS/NC/PPM/R/V/A) sugeriu aos profissionais continuarem a exigir melhorias junto do Estado, que os municípios foram apanhados “no meio da ponte” e não têm meios para dar resposta às necessidades.

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