A manhã desta quinta-feira, 11 de dezembro, no Centro de Saúde Fernão de Magalhães, em Coimbra, ficou marcada pelo funcionamento reduzido devido à greve geral desta quarta-feira. Segundo Filipa Falcão Alves, da Unidade de Saúde Familiar Coimbra Centro, o impacto foi visível logo desde cedo.
“Tivemos o serviço a funcionar mais ou menos a meio gás”, explicou. “Houve alguns profissionais que aderiram à greve, no entanto conseguimos manter as consultas de doença aguda e algumas consultas programadas dos utentes cujos médicos e enfermeiros não aderiram.”
Apesar de a manhã ter decorrido de forma relativamente tranquila, a unidade verificou uma diminuição significativa de utentes. “O que nós sentimos hoje é que realmente houve menos pessoas a vir à consulta”, afirmou Filipa Falcão Alves, atribuindo o fenómeno a dois fatores: a greve dos transportes, que dificultou deslocações; o receio dos utentes de chegarem ao centro de saúde e encontrarem a consulta cancelada.
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“Temos muitos utentes que recorrem aqui através dos serviços de autocarro, e de facto houve menos pessoas a recorrer, também pelo receio de não haver consulta”, explicou.
Questionado sobre consultas desmarcadas, o responsável confirmou que várias não chegaram a acontecer: “Houve consultas que foram desmarcadas, que acabaram por não acontecer”, admite, lembrando que a saúde está entre as áreas mais afetadas em qualquer paralisação — tal como a educação e os transportes.
Ainda assim, os serviços mínimos foram garantidos: “As consultas de doença aguda assegurámos no período da manhã, porque a pessoa responsável pelo atendimento esteve presente”, disse. Já quanto ao turno da tarde, o cenário mantém-se incerto: “Ainda não temos informações. Vai entrar nova equipa e vamos aguardar para ver o que acontece.”
Se houver falta de profissionais na área da doença aguda, essa consulta poderá não se realizar. Nesses casos, os utentes terão de recorrer “aos serviços alternativos assistenciais”, incluindo unidades hospitalares.
Filipa Falcão Alves admite não ter ainda um número exato de utentes atendidos, mas confirma a tendência geral: funcionamento reduzido e impacto visível.
Assim, no Centro de Saúde Fernão de Magalhães, a manhã de 11 de dezembro ficou marcada por consultas reduzidas, menos utentes e serviços a meio gás, fruto de uma greve geral que se fez sentir em todo o país.
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