O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, receia que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital possa entrar em colapso durante a quadra de Natal e de Ano Novo por uma evidente falta de médicos.
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A situação estende-se às 12 extensões de saúde existentes no concelho, estimando-se que nos próximos dias haja mais de 11 mil utentes sem assistência médica do Serviço Nacional de Saúde.
No final da reunião do executivo camarário que decorreu esta terça-feira, dia 23, o autarca deslocou-se àquela unidade de saúde, acompanhado pelos membros do Executivo, com vista a fazer mais uma avaliação da situação que se está a viver naquele serviço de urgência.
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“O ambiente que se está a viver no Centro de Saúde de Oliveira do Hospital é de grande tensão e ansiedade porque os escassos profissionais de saúde que ali trabalham já não conseguem responder ao elevado número de atendimentos clínicos que se regista no SAP, notando-se sinais de exaustão da equipa médica”, considera José Carlos Alexandrino.
O Presidente da Câmara ressalva também que o Município de Oliveira do Hospital tem vindo a manifestar a sua disponibilidade, junto da ARS/Centro, para ser parceiro na resolução da falta de médicos no concelho, tendo inclusivamente vindo a suportar as despesas de alojamento dos dois médicos que, muito circunstancialmente, têm vindo a ser colocados temporariamente pela tutela no CSOH.
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Durante a visita que o executivo camarário realizou hoje àquele serviço de saúde, onde estão a acorrer também utentes de localidades de alguns concelhos vizinhos, como Nelas, Tábua e Seia, por exemplo, os médicos e os utentes do CSOH manifestaram grande preocupação face ao que está a acontecer e, pior do que isso, é que antevêem que a situação se agrave ainda mais nos próximos dias.
O Ministério da Saúde tem conhecimento desta situação, que se arrasta já desde 2012. Com vista à resolução do problema, o Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital tem vindo a estabelecer insistentes contatos com o Presidente da ARS do Centro e a Direção do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Interior Norte, mas aquelas duas entidades tardam, no entanto, a encontrar uma solução para a colocação urgente e imediata de mais médicos no CSOH.
Entretanto, a partir do dia 1 de janeiro, a situação complicar-se-á ainda mais porque dois médicos que integram o quadro clínico da estrutura do CSOH passarão à condição de aposentação.
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