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Centro de Documentação 25 de Abril inaugura instalação Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada: fragmentos

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 21-04-2014

O Centro de Documentação 25 de Abril (CD25A) da Universidade de Coimbra (UC) inaugura na terça-feira, às 18:00, a instalação áudio-vídeo “Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada: fragmentos”.

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Partindo da exposição ‘J’ai la tête figée entre la nuit et l’aurore: collages’, preparada a pedido do Consulado Português, para “Lille, Capital Europeia da Cultura”, em 2000, o artista plástico Artmini (Phillippe Martini) criou agora uma instalação áudio-vídeo de obras (colagens e mobiles), abordando de uma “forma plasticamente inovadora o 25 de Abril de 1974”, afirma uma nota do CD25A.

“Dez anos depois de ter estado em Portugal, no espaço da Associação Abril em Maio”, em Lisboa, Phillippe Martini “volta a Portugal juntando novos materiais e novas obras para uma nova encenação”, que estará patente, no antigo Colégio São Bento (Departamento de Antropologia), no Polo I da UC, na Alta histórica de Coimbra.

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Com paisagem/banda sonora da atriz e cantora francesa Margarida Guia, a exposição surge na sequência de uma peça de teatro, representada em francês e em português, realizada por Philippe Martini e Margarida Guia.

A peça “passa em revista os 48 anos de ditadura em Portugal que precederam” o 25 de Abril, “da emigração à Revolução dos Cravos, passando pela ditadura, a opressão, a guerra colonial, a censura e a luta; da gare de Austerlitz para Lisboa, passando por Luanda”, sublinha o CD25A, referindo alguns dos “momentos-chave para abrir a porta de uma história, retrato tecido de textos e colagens para traçar aqueles 48 anos”.

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Refletindo “uma história ainda pouco conhecida em França” (através de “elementos visuais, sonoros e dramáticos, que transportam esta história para um contexto artístico”), a peça ‘Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada’ pode, de algum modo, comparar-se ao “teatro documentário, à maneira de Peter Weiss”, sustenta o CD25A.

Na sua peça ‘A canção do fantoche lusitano’, o dramaturgo alemão Peter Weiss inspirou-se na colonização portuguesa em África.

‘Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada: fragmentos’, que pode ser visitada, até 31 de maio, entre as 14:00 e as 18:00, de segunda-feira a sábado, e entre as 11:00 e as 13:00, ao domingo, assume-se como um convite a visitar ou a refazer os passos dos 48 anos da ditadura “durante uma hora, entre a noite e madrugada, através de poemas, de textos dramáticos e de documentos históricos”.

Na terça-feira e na sexta-feira, realizam-se dois espetáculos ao vivo, durante os quais Margarida Guia interpretará poemas e textos de autores portugueses.

Organizada pelo CD25A, em colaboração com o Centro de Estudos Sociais da UC, com o apoio dos teatros Académico Gil Vicente e da Cerca de São Bernardo, a exposição integra-se nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril promovidas pelo CD25A.

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