Educação

Centenas de professores protestam frente ao Ministério contra alterações aos concursos

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 03-01-2023

 Várias centenas de professores estão hoje concentrados em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, em protesto contra as propostas do Governo de alteração ao regime de concursos.

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A concentração foi convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) com o objetivo de entregar à tutela um abaixo-assinado subscrito por mais de 43 mil docentes, contra as propostas apresentadas pelo ministro João Costa no âmbito do processo negocial da revisão do regime de recrutamento e mobilidade docente.

Pelas 11:00, estavam já centenas de professores concentrados em frente ao Ministério da Educação, a que se juntaram entretanto outros tantos, estando ainda a chegar muitos docentes que viajaram para Lisboa de várias zonas do país nos cerca de oito autocarros previstos.

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Entre apitos e buzinas, os professores gritam a palavra “Respeito”, repetida também nos cartazes que seguram, e palavras de ordem como “Ministro, escuta, professores estão em luta”.

O protesto dos professores motivou o condicionamento de trânsito na Avenida Infante Santo, em Lisboa.

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A possibilidade de diretores ou entidades locais contratarem docentes é o principal motivo de contestação dos professores quanto à revisão do regime de recrutamento, que começou a ser negociado em setembro entre o Ministério da Educação e as organizações sindicais.

Na última reunião negocial, no início de novembro, o ministro da Educação, João Costa, apresentou algumas propostas gerais que previam, por exemplo, a transformação dos atuais 10 quadros de zona pedagógica em mapas docentes interconcelhios, alinhados com as 23 comunidades intermunicipais, bem como a criação de conselhos locais de diretores que decidiriam sobre a alocação às escolas dos professores integrados em cada mapa.

Os sindicatos rejeitaram essa possibilidade, justificando que representa um passo na municipalização da contratação de professores, e exigiram que a graduação profissional continue a ser o único critério dos concursos.

O processo negocial deverá ser retomado nas próximas semanas, não estando agendada ainda nova reunião.

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