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Centenas de pessoas protestaram em Coimbra contra agravamento da austeridade

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 01-02-2014

Centenas de pessoas desfilaram hoje, em Coimbra, no âmbito de um protesto contra o agravamento da austeridade, em que os sindicatos da CGTP-IN apelaram a uma “intensificação da luta” na rua e nos locais de trabalho.

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“Face à ofensiva deste Governo, a luta tem de ter a mesma dimensão”, disse aos jornalistas o coordenador da União dos Sindicatos de Coimbra (USC), António Moreira.

Para o dirigente da USC e da CGTP-IN, a intensificação da luta, já em fevereiro, “é um dever cívico das pessoas que sofrem com as políticas” do Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

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O executivo tem afirmado que a situação económica e social “está a melhorar” e que o desemprego “está a diminuir”, mas isso “é uma mentira”, disse.

António Moreira reconheceu que a participação de jovens na manifestação, em Coimbra, foi reduzida, sendo mais visível a presença de trabalhadores com idades acima dos 40 ou 50 anos, além de reformados e pensionistas, mas realçou que, desses ausentes, “muitos estão a emigrar” por falta de emprego ou trabalham numa situação precária.

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“Alguns são filhos de muitos pais e mães que estão aqui hoje”, acrescentou.

Na sua opinião, existe “ainda um divórcio entre a juventude” e as conquistas sociais e políticas que a revolução do 25 de Abril permitiu, há 40 anos.

“O que o Governo tem vindo a dizer é que há sinais positivos, mas isso não é verdade”, corroborou, por sua vez, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que também participou no desfile da CGTP-IN, entre a Praça da República e a Baixa de Coimbra.

A solução dos atuais problemas dos trabalhadores dos setores privado e público, mas também dos jovens e idosos, “passa pela demissão deste Governo”, defendeu.

Integrando uma delegação do Sindicato dos Professores da Região Centro, Mário Nogueira reiterou as principais críticas da Fenprof às políticas na área da educação e ao ministro da tutela.

Nuno Crato, segundo Mário Nogueira, protagoniza “um ataque violentíssimo contra a escola pública, tal como está no guião da reforma do Estado” do Governo.

“Nuno Crato é um mero funcionário do ministro das Finanças”, acusou.

Segundo estimativas da organização, cerca de 500 pessoas terão participado na manifestação da CGTP, em Coimbra.

A CGTP-IN promoveu hoje manifestações em todos os distritos do país, em protesto contra o agravamento da austeridade e o empobrecimento da população e para exigir novas políticas económicas e sociais.

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