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Centenas de alpinistas presos no monte Evereste devido a tempestade de neve

Imagem: carlos-juan-semidey-fb
As equipas de resgate estão a ajudar centenas de alpinistas presos pela neve em acampamentos turísticos numa encosta do monte Evereste, no Tibete, revelou a imprensa estatal chinesa.
Cerca de 350 alpinistas chegaram a um ponto de encontro na região de Tingri e os socorristas estavam em contacto com outros 200, referiu a emissora estatal CCTV no domingo à noite.
Não houve hoje uma atualização imediata sobre os esforços de resgate, noticiou a agência Associated Press (AP).
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Os alpinistas ficaram presos a uma altitude de mais de 4.900 metros, de acordo com uma notícia anterior do Jimu News, um ‘site’ chinês.
O monte Evereste tem cerca de 8.850 metros de altura.
Um alpinista que se apressou a descer antes que a neve bloqueasse o caminho contou ao Jimu News que outros ainda na montanha lhe disseram que a neve tinha um metro de profundidade e tinha destruído tendas.
Centenas de equipas de resgate subiram a montanha no domingo para abrir caminhos para que as pessoas presas pudessem descer, informou a reportagem do Jimu.
Um vídeo gravado por um morador mostrou uma longa fila de pessoas com cavalos e bois a subir um trilho sinuoso na neve.
A tempestade de neve ocorreu durante um feriado nacional de uma semana na China, quando muitas pessoas viajam para o país e para o estrangeiro.
Noutra região montanhosa no oeste da China, um alpinista morreu de hipotermia e de doença de altitude e outros 137 foram retirados na parte norte da província de Qinghai, noticiou hoje a CCTV.
A busca numa área no condado de Menyuan, com uma altitude média de mais de 4.000 metros, foi complicada pelo terreno, clima imprevisível e nevões contínuos, pode ler-se ainda numa reportagem ‘online’ da CCTV.
O monte Evereste, conhecido como monte Qomolangma em chinês, fica na fronteira entre a China e o Nepal, onde as fortes chuvas recentes fizeram mais de 40 mortos.
Os alpinistas tentam escalar o pico mais alto do mundo a partir de acampamentos-base em ambos os países.
O acampamento-base dos alpinistas está separado do acampamento turístico, onde os caminhantes ficaram presos pela neve.
Um forte sismo matou pelo menos 126 pessoas na mesma zona em janeiro.
O lado chinês do Evereste fica no Tibete, uma região ocidental remota onde o Governo reprimiu duramente a dissidência e investiu recursos para o desenvolvimento económico, incluindo estradas e turismo.
O Dalai Lama, líder espiritual do budismo tibetano, fugiu durante uma revolta falhada em 1959 e vive na Índia, onde alguns tibetanos estabeleceram um governo no exílio.
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