CEARTE é uma instituição de referência a nível nacional
O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), António Valadas da Silva, considerou hoje, em Coimbra, que o Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE) é uma instituição de referência nacional.
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“Eu diria mesmo que é um centro de excelência e um dos principais recursos existentes a nível nacional para a qualificação, aperfeiçoamento e desenvolvimento dos profissionais do setor, com uma importante relevância económica, social e cultural”, sublinhou.
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António Valadas da Silva intervinha no encerramento da sessão solene da comemoração dos 30 anos do Cearte, sediado em Coimbra, que foram hoje assinalados no Convento de São Francisco, naquela cidade, com um vasto programa de atividades.
Ao longo de 30 anos, o Cearte passou de âmbito regional para nacional e formou 45 mil pessoas, o correspondente a mais de oito milhões de horas de formação, apresentando uma taxa de empregabilidade de 70%.
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“É um número impressionante, porque estamos a falar de pessoas de todo o país e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que beneficiaram de uma formação e capacitação profissional que seguramente lhes abriu novos horizontes e proporcionou novas oportunidades num setor que é particularmente muito dinâmico”, frisou o presidente do IEFP.
Salientando o trabalho meritório do Cearte, António Valadas da Silva considerou que a sua ação “muito tem contribuído para a formação e qualificação profissional dos nossos artesãos, para a preservação e desenvolvimento das artes e ofícios, desenvolvimento do empreendedorismo social e criativo e à inovação”.
“Passámos para um centro de abrangência nacional, que passou também a integrar atividades relacionadas com o património, quer material e imaterial, um sinal também de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, que corresponde a uma necessidade”, referiu.
O presidente do IEFP realçou a forma como a instituição tem desenvolvido a sua atividade, num permanente trabalho de parceria com várias associações, entidades e organizações, desde universidades, autarquias, a instituições particulares de solidariedade social e a outras instituições da economia social, “estabelecendo proximidades e projetos de colaboração absolutamente cruciais para o seu desenvolvimento”.
Para o diretor do Cearte, Luís Rocha, disse que o centro está sempre de portas abertas, porque sabe que quando alguém o procura é na expectativa de que a formação possa ser útil.
A aposta do centro, acrescentou, “é estar atento ao mercado de trabalho e emprego, tendo sempre como foco o artesanato, embora não se esteja só nessas áreas, está-se em muito mais, desde a restauração, espaços verdes, eletricidade, energias renováveis e saúde”.
“O que origina a boa empregabilidade [70%] é necessariamente a qualidade da formação técnica e humana que tentamos dar, pois apostamos em formar profissionais mas também pessoas e julgo que isso faz depois a diferença quando chegam às empresas e ao mercado de trabalho”, disse Luís Rocha.
É com muita honra e muito prazer que estou neste aniversário do CEARTE, disse Rosa Reis Marques, antes de elogiar o espaço e a instituição.
A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra fez questão de assinalar que “são 30 anos a mudar a vida” de muitas pessoas. “Vocês estão na vanguarda do que de melhor se faz”.
Pedro Machado manifestou o seu contentamento por Portugal estar a preservar a autenticidade dos seus territórios e teceu rasgados elogios ao CEARTE. Vocês são verdadeiramente incontornáveis.
“As pessoas felizes recordam o passado com gratidão, vivem o presente com intensidade e olham para o futuro sem medo”, concluiu o Presidente da Turismo do Centro.
Ouça o que foi dito na sessão solene:
O CEARTE, criado em 1986, em resultado de uma parceria entre a Cáritas Diocesana e o Centro de Emprego e Formação Profissional de Coimbra (IEFP), depois de verificada a necessidade de profissionalizar a formação artesanal em meio rural, possui polos de formação nos concelhos de Miranda do Corvo e Alvaiázere.
Apesar de ter sido anunciado que o Ministro da Cultura estaria presente no evento, nenhum membro do Governo participou nestas celebrações dos 30 anos do CEARTE.
A sessão contou com as participações do Presidente do Conselho de Administração do CEARTE, do Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, do Presidente do IEFP, da Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, do Presidente da CIM Região de Coimbra, do Presidente do Turismo Centro de Portugal e de um Vice-Presidente da CCDRC.
O Desfile de Moda Têxtil Artesanal – Recriar Tradições deu a conhecer uma parte do trabalho do CEARTE no final do evento.
Este momento festivo assinala o relevante trabalho do CEARTE na área da qualificação e valorização dos artesãos portugueses e, desse modo, na afirmação do artesanato e do património, enquanto elementos fundamentais para a afirmação do território, para o desenvolvimento sustentado do tecido económico e social, para a criação de emprego e riqueza e para a defesa e projeção da identidade de cada região e do país
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