O candidato da CDU à Câmara de Coimbra defendeu hoje que a entrada em funcionamento do ‘metrobus’ (autocarro articulado em via dedicada) é uma oportunidade para libertar meios dos transportes urbanos para as freguesias periféricas com falta de resposta.
“Era fundamental que os serviços de transporte pudessem chegar a todas as zonas do concelho de Coimbra”, afirmou Francisco Queirós, que considera que a possibilidade de articulação com o ‘metrobus’ “é uma oportunidade para os SMTUC [Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra] poderem alargar a sua rede ao restante concelho”.
O candidato e vereador falava à agência Lusa durante uma ação de contacto da CDU (coligação que junta PCP e Partido Ecologista Os Verdes) na feira de São João do Campo, freguesia onde também o problema de mobilidade se sente.
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Para Francisco Queirós, “não vale a pena dizer que há outro tipo de transportes”, nomeadamente o Sistema Intermunicipal de Transportes (SIT – concessionado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra), que serve algumas das zonas periféricas de Coimbra, através de linhas de autocarros que vêm de outros concelhos.
“Nós precisamos que todas as freguesias de Coimbra sejam tratadas com a mesma dignidade e que todas tenham, de facto, acesso a transporte público, que tenham acesso à mobilidade”, disse.
A revisão que está em curso da rede dos autocarros dos SMTUC, que irá compatibilizar a sua operação com a entrada ao serviço do ‘metrobus’, será “uma oportunidade que não pode ser perdida”, salientou.
“Com a entrada em funcionamento do sistema de metro é possível libertar da zona percorrida pelo metro carreiras, linhas dos SMTUC e motoristas para servir as zonas mais periféricas do concelho”, defendeu, criticando que em algumas zonas do concelho, para se chegar ao centro de Coimbra, se demore mais tempo “do que quem vem de autoestrada de outras cidades”.
Além desse passo de uma maior cobertura da rede dos SMTUC, Francisco Queirós defendeu que é necessário resolver também os problemas internos daqueles serviços, nomeadamente a falta de atratividade da carreira de motoristas.
Apesar de a CDU ter sido contra o projeto do ‘metrobus’ que ditou o fim do ramal ferroviário da Lousã, Francisco Queirós considerou que, com o sistema quase a arrancar, é preciso agora lutar para que o serviço “rapidamente esteja ao serviço da população de Coimbra” e dos habitantes da Lousã e de Miranda do Corvo.
O ‘metrobus’ arrancou uma operação preliminar e gratuita entre o Vale das Flores e a Portagem, num troço de cinco quilómetros na cidade de Coimbra.
Até ao final do ano, espera-se que a linha até à Lousã esteja a operar e que em 2026 comece o troço que liga a Portagem aos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Além do vereador Francisco Queirós, são candidatos à Câmara de Coimbra o atual presidente José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/NC/PPM/V/MPT), a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/L/PAN), o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, Maria Lencastre Portugal, pelo Chega, Sancho Antunes, pelo ADN, e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
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