Coimbra

CDU diz que internalização dos SMTUC seria opção errada

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 31-08-2022

 A CDU rejeitou hoje uma alegada ameaça de privatização dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) e considerou que a internalização seria uma “solução errada”.

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“Opomo-nos, assim, a toda e qualquer tentativa de desmembrar e privatizar os SMTUC, bem como à sua transformação em empresa municipal”, afirmou em comunicado a coligação de comunistas e ecologistas.

Na sua opinião, o processo para internalização, encetado pela maioria no executivo, presidido por José Manuel Silva, “não resulta de uma procura de soluções para problemas detetados nos SMTUC, mas sim da tentativa de imposição de uma única solução, errada, sem que se vislumbre capacidade política para encontrar alternativas”.

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“Como é possível fazer uma alteração desta dimensão sem que se tenham em conta os impactos da possível entrada em funcionamento da Metro Mondego?”, perguntou a CDU, referindo-se ao Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a circulação de autocarros elétricos na cidade e no antigo ramal ferroviário que unia Coimbra B, na Linha do Norte, a Serpins, no concelho da Lousã.

Segundo a nota, “persistem os fundados receios e inseguranças, particularmente dos trabalhadores”, mas também dos utentes, “pois de todos são conhecidos processos semelhantes que mais não foram que um passo para a privatização”, com “degradação dos serviços, suprimento de linhas e horários e aumento dos custos de utilização”.

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“Ainda que se mantenham intactas e reiteradas (…) as garantias quanto à manutenção da natureza pública da gestão dos SMTUC, a forma e os objetivos propostos para a absorção, pela estrutura camarária, dos eventuais problemas de gestão financeira e de recursos humanos”, nos transportes coletivos de Coimbra, “têm objetivos pouco claros ou convincentes e não resolvem nenhum dos problemas principais deste serviço”, considerou a CDU.

A força política, representada no executivo municipal por Francisco Queirós, que no anterior mandato integrava a administração dos SMTUC, argumentou que “nem os estudos apresentados, nem a proposta em discussão, demonstram de que forma os eventuais – e não comprovados – ganhos na gestão financeira do serviço compensarão ou justificarão a redução de trabalhadores, a quebra da coesão de uma unidade orgânica centenária e, menos ainda, demonstram de que forma contribuirá a internalização para um melhor serviço, mais fiável e apelativo, capaz de responder com eficácia e abrangência territorial e de horários às necessidades de toda a população” do concelho.

“Havendo dificuldades em que o conselho de administração dos SMTUC cumpra o seu papel, compete ao executivo e ao presidente da Câmara encontrar as soluções mais eficazes para que o consiga e não varrer problemas para debaixo do tapete”, defendeu.

José Manuel Silva foi eleito presidente do município de Coimbra, nas autárquicas de 2021, à frente da coligação Juntos Somos Coimbra, que reúne PSD, CDS, PPM, Volt, RIR, Aliança e Nós, Cidadãos.

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