Política

CDS-PP quis convencer que voto na “direita certa” não é desperdiçado

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 27-01-2022

O CDS-PP percorreu o país para tentar convencer os eleitores de que um voto na “direita certa” não é desperdiçado e contribuirá para uma maioria de direita e um governo no qual o líder aspira ser ministro da Defesa.

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No período oficial de campanha para as eleições legislativas de domingo, a caravana do CDS-PP passou por todos os distritos do país, com um foco no Porto, por onde passou em cinco dias diferentes.

As iniciativas foram maioritariamente de contacto com a população, visitas a mercados e também almoços e jantares-comício.

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Com poucas pessoas nas arruadas, as maiores enchentes registaram-se nos jantares-comício de Lisboa e Vila Nova de Gaia e na sessão evocativa do 47.º aniversário do cerco ao primeiro congresso do partido, no Porto.

No seu discurso, o presidente centrista vincou repetidamente que o partido representa “a direita certa” e que um voto no CDS-PP “não é desperdiçado” porque vai contribuir para uma maioria de direita no parlamento e não vai “parar ao bolso de António Costa”.

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Francisco Rodrigues dos Santos apontou críticas aos vários partidos, disparando especialmente à concorrência à direita, Chega e Iniciativa Liberal, e apelou a uma concentração de votos no CDS-PP.

Salientando que os centristas enfrentam nestas legislativas adversários “como nunca” tiveram e uma maior concorrência no seu espaço político, Rodrigues dos Santos pediu também aos portugueses que “não abandonem” o partido nesta “prova de vida” que são as legislativas de domingo.

Apesar de esperar contribuir para um governo com o PSD, no qual gostaria de ser ministro da Defesa, o líder do CDS-PP criticou o presidente social-democrata por admitir um bloco central e ironizou que o partido poderá tornar-se no “partido da toranja”, laranja por fora e vermelho por dentro.

O líder centrista criticou por várias vezes as sondagens que apontam a possibilidade de um mínimo histórico para o CDS-PP nas legislativas, e referiu estar convencido que o partido vai crescer e ser “a surpresa” de domingo.

Nesta campanha, Francisco Rodrigues dos Santos não teve ao seu lado os atuais deputados, que não são candidatos, nem os críticos internos e foram também poucos os rostos mais conhecidos do partido que apareceram nas iniciativas.

Marcaram presença ao longo dos vários dias, o líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, os antigos presidentes do CDS Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro (número dois da lista em Lisboa) e o antigo líder parlamentar António Lobo Xavier (numa mensagem em vídeo).

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, cujas candidaturas foram apoiadas pelo CDS-PP, também apareceu na campanha e discursou no comício junto ao Palácio de Cristal.

Em tempo de pandemia, o líder do partido não usou máscara nas arruadas, com alguns jovens que integram a comitiva a tomar-lhe o exemplo. O distanciamento também não era na maior parte das vezes cumprido e Francisco Rodrigues dos Santos cumprimentava várias vezes quem encontrava com abraços, beijos e apertos de mão.

Fonte oficial do CDS-PP referiu que os centristas realizam autotestes diariamente e apontou que “dois ou três” elementos jovens testaram positivo à covid-19, tendo abandonado a campanha para realizar isolamento. Também Cecília Anacoreta Correia, porta-voz do partido e cabeça de lista por Setúbal, testou positivo poucos dias depois de ter estado com o presidente do CDS na visita a um mercado.

Na reta final da campanha, está prevista uma arruada em Lisboa, seguida de um comício no largo da sede nacional do CDS-PP, para encerrar a volta nacional, mas a arruada na baixa do Porto foi substituída pela visita a uma empresa.

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