Política

CDS-PP favorável a estado de emergência mas avaliará confinamento a cada 15 dias

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 09-02-2021

O CDS-PP vai votar favoravelmente a renovação do estado de emergência, defendendo que é preciso manter as medidas restritivas para controlar a pandemia, mas vai avaliar “a cada 15 dias” a necessidade de confinamento.

“O CDS votará favoravelmente o estado de emergência porque entendemos que a pandemia continua descontrolada e são necessárias medidas restritivas para podermos salvar vidas e impedir que mais portugueses sofram às mãos deste vírus”, afirmou o presidente centrista.

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Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, no final de uma audiência com o Presidente da República, que decorreu por videoconferência, e depois da reunião desta manhã com os epidemiologistas, no Infarmed, sobre a evolução da covid-19.

Sobre a estimativa do Governo de que o nível de confinamento atual vai manter-se até meados de março, o líder apontou que o CDS-PP “fará sempre uma avaliação a cada 15 dias” da “situação epidemiológica”, e pronunciar-se-á “sobre a necessidade ou não de haver uma renovação do confinamento”.

“Para já, parece evidente que isso tem de acontecer”, defendeu Rodrigues dos Santos, deixando algumas ressalvas.

“É necessário haver mais testagem e melhor rastreamento, criar centros de vacinação que sejam controlos e centralizados pelas Forças Armadas, tem que haver critérios para que não haja desperdício de vacinas e, havendo, que sejam claros para todos os portugueses, para não haver ‘chico-espertice’ nem aqueles que gostam de furar os esquemas, transformando o processo de vacinação numa verdadeira rebaldaria que mina a confiança dos portugueses”, frisou.

No que toca ao plano de vacinação, o Francisco Rodrigues dos Santos disse estar preocupado “com o atraso na vacinação, provocado pela libertação tardia das quantidades de vacinas que estavam contratualizadas”, alertando que essa situação “vai atrasar ainda mais a Portugal atingir a imunidade de grupo”.

O presidente do CDS-PP reiterou também a defesa da contratualização de cuidados de saúde com os setores particular e social, sobretudo “para que os doentes não covid não continuem a ser deixados para trás”, e apelou também ao Governo que entregue aos alunos os computadores que prometeu ou adote a proposta centrista de dar às famílias um “vale tecnológico” para ajudar na compra de equipamentos que permitam as aulas à distância.

Na ótica do presidente democrata-cristão, o “Governo teve grandes responsabilidades no descontrolo da pandemia durante o mês de janeiro”, porque “não precaveu, não planeou, não agiu pelo seguro, andou a reboque dos acontecimentos, atrás do prejuízo, e à espera do evoluir da situação”.

“Isso empurrou o país para um confinamento decretado tarde e a más horas e provocou a morte de muitos portugueses”, criticou ainda.

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