Política

CDS-PP defende que Governo quebrou consenso social e político no combate à pandemia

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 06-07-2021

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou hoje o Governo, chefiado pelo socialista António Costa, de ter quebrado o consenso social e político no combate à pandemia.

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“A nível nacional, eu gostaria de dizer a António Costa, que agora regressou de um mini-confinamento duvidoso, que o seu Governo – não sei se se apercebeu – quebrou o consenso social e político no combate à pandemia”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, no concelho de Pedrógão Grande (Leiria), onde esteve na apresentação de candidatos às eleições autárquicas.

Segundo o democrata-cristão, “ninguém compreende que o Governo aplique, rigorosamente, as mesmas medidas que aplicou há um ano, para circunstâncias completamente diferentes” daquelas que o país atravessa hoje.

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“Se nós temos cada vez mais pessoas vacinadas, se a população mais vulnerável já está complementarmente vacinada, se a pressão sobre o SNS [Serviço Nacional de Saúde] é perfeitamente controlada e o número de mortos é baixíssimo, porque é que o Governo se impõe medidas tão restritivas que nos façam recuar tanto no plano de desconfinamento e que matam a nossa economia, utilizando uma matriz de risco que está desadequada ao perigo real da doença em Portugal?”, questionou.

Francisco Rodrigues de Santos adiantou que, de acordo com dados conhecidos hoje, o país tem “metade do número de internamentos” que tinha há um ano e “10 vezes menos mortos”, além de que hoje bateu “os recordes na União Europeia de número de vacinados por 100 mil habitantes”.

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Destacando que “número de infetados não é número de doentes”, o centrista sustentou que “a defesa da saúde pública exige medidas firmes”, mas Portugal não precisa de “medidas desproporcionais que destroem” a economia e “alimentam o medo dos portugueses”.

Francisco Rodrigues dos Santos disse ainda não querer “um caminho de irresponsabilidade política, onde aqueles que deviam estar na linha da frente não dão a cara”, lançando nova questão: “Como é que as medidas sanitárias, semana após semana, são anunciadas pela ministra [de Estado e da Presidência] Vieira da Silva e não pela ministra da Saúde, que se esconde e não tem coragem política de assumir a responsabilidade pelas medidas que o país adota semana após semana?”.

“Continuamos à procura de uma justificação científica que possa dar algum crédito a esta fórmula seguida pelo Governo”, afirmou, notando que, enquanto “outros países começam a encarar a pandemia e esta crise provocada pelo [novo] coronavírus como uma doença crónica”, em Portugal recua-se “cada vez mais”.

No discurso, o democrata-cristão alertou ainda para o aumento do preço dos combustíveis, “pela sétima semana consecutiva”, considerando este é “um assalto à carteira dos portugueses, através dos impostos implacáveis por parte do Governo socialista”.

“Portugal pratica os impostos mais elevados da União Europeia sobre os combustíveis”, declarou, observando que “os portugueses estão espremidos até à última gota com o valor dos combustíveis”, num país “de baixos salários, mas campeão na tributação dos combustíveis”.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.980.935 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.117 pessoas e foram registados 890.571 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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