Coimbra

CDS-PP: Coimbra à moda de Lisboa

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 15-01-2019

O CDS-PP realizou este Sábado o seu Conselho Nacional (CN) em Oliveira de Frades para definir critérios para as escolhas dos deputados a incluir nas listas às eleições legislativas de 2019.

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A proposta de Assunção Cristas impôs a vontade da Direção Nacional ao retirar qualquer contributo das estruturas locais na escolha do candidato cabeça-de-lista pelo distrito de Coimbra.

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Lembramos que a líder dos centristas já antes tinha afirmado publicamente numa entrevista a um jornal  de Braga que os candidatos devem ter “dimensão nacional” e “qualidade” para acompanharem os temas na Assembleia da República.

No documento apresentado ao Conselho Nacional isso vem traduzido em candidatos com “abrangência na representação geográfica”. Para além destes critérios, existem outros, tais como mérito, idoneidade, experiência parlamentar, percursos partidários, formação e experiências profissionais, idade, entre outros.

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Notícias de Coimbra sabe que Rui Nuno Castro (líder da distrital de Coimbra)  Paulo Almeida (ex-deputado e antigo líder da distrital) estiveram presentes, tendo este último subscrito requerimento a solicitar que as escolhas dos deputados fosse feita por mútuo acordo entre as distritais e a direção nacional, o que veio a ser rejeitado pelo atual líder da distrital de Coimbra, que aceitou a imposição nacional, apesar de na semana anterior a este Conselho Nacional ter recordado nas redes sociais que em 2015 se tinha demitido da distrital então liderada por Paulo Almeida exatamente porque pretendia “alertar consciências para os problemas que agora se tornam bem evidentes com esta desvalorização sumária da estrutura distrital”, conforme NDC oportunamente noticiou aqui.

Curioso é que no perfil agora aprovado em CN encaixam os nomes de Serpa Oliva e Paulo Almeida. Ambos foram deputados por Coimbra.

O primeiro é médico e um dos donos da Sanfil. O segundo é advogado e foi Presidente da Académica.

Apesar de dedicados à família e atividade profissional, mantêm intervenção pública e fontes do partido em Coimbra gostariam de os ver de regresso à atividade política mais ativa e que seriam boas vozes em Lisboa, mas adiantam que isso não seria do agrado do líder distrital que quer ser ele o cabeça de lista.

Recordamos que o conselho nacional do CDS-PP aprovou com 89% dos votos, os critérios propostos pela direção nacional para a escolha dos candidatos a deputados nas legislativas de 06 de outubro, disse à Lusa fonte do partido.

Na votação, na reunião, em Oliveira de Frades, Viseu, 18 conselheiros nacionais centristas votaram contra e quatro abstiveram-se, acrescentou a mesma fonte.

De acordo com os critérios aprovados, a liderança de Assunção Cristas vai escolher os cabeças de lista aos 18 distritos nas legislativas de outubro e mais quatro candidatos em Lisboa e dois no Porto.

A comissão executiva quer, além dos cabeças de lista, indicar mais quatro candidatos na lista de Lisboa e mais dois na do Porto, “ouvidas as respetivas distritais”, de acordo com um documento da direção.

Nos Açores e na Madeira, os cabeças de lista são escolhidos pelos órgãos regionais, “no respeito pelas autonomias regionais”, lê-se ainda no documento, uma folha A4, com o título “constituição das listas de deputados às eleições legislativas de 2019”.

Caberá também à comissão executiva a escolha de “um lugar nacional” para a Juventude Popular, que neste momento não tem representação no grupo parlamentar.

No final da reunião, a líder do CDS-PP disse que o partido deverá aprovar em 30 de março as listas às eleições legislativas de outubro, apontando o objetivo de “rejuvenescer o parlamento”, com “algum perfil mais independente”.

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