Política

CDS admite campanha presidencial com restrições e sem arruadas

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 16-12-2020

O CDS-PP admitiu hoje restrições na campanha eleitoral para as presidenciais de janeiro porque “a saúde dos portugueses está primeiro”, à frente de “qualquer interesse partidário mesquinho”, incluindo o cancelamento das tradicionais arruadas.

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Uma arruada “não deve ser feita se não houver condições de saúde” para isso, afirmou o vice-presidente centrista Sílvio Cervan, que representou o CDS na audição com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a renovação do estado de exceção, de 24 de dezembro até 07 de janeiro, devido à pandemia de covid-19.

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Sem querer fazer “futurologia” sobre a hipótese de a campanha eleitoral para as presidenciais se fazer em estado de emergência, Cervan disse, por duas vezes, que “a saúde dos portugueses é o primeiro dos valores”.

Uma campanha inclui, por exemplo, as tradicionais arruadas, o contacto de candidatos nas ruas com a população, e nisso o dirigente centrista foi menos vago e disse claramente que não se devem fazer “se não houver condições de saúde pública para a fazer”.

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“A saúde está à frente de qualquer interesse mesquinho, partidário”, acrescentou.

Depois, questionado sobre as condições em que o CDS aceitaria restrições, Sílvio Cervan não respondeu diretamente e sublinhou ser necessário esperar para saber quais são as condições epidemiológicas no país no início do ano, apesar de também dizer que “concorda com qualquer que seja a decisão”, tendo em conta “os dados em cima da mesa” na altura.

Os centristas dizem ter ainda abordado com o Presidente o plano de vacinação para a covid-19, que deverá arrancar no princípio do ano, e exigiu que o Governo dê mais informações e esclarecimentos sobre o que vai acontecer.

Sílvio Cervan justificou as suas preocupações com as falhas no plano para a vacinação da gripe, pelo que, concluiu: “No caso da gripe, vimos como foi executado e não ficamos nada confortáveis com o plano de vacinação à covid”.

O CDS, segundo disse, deverá manter, na quinta-feira, no parlamento, o voto contra a renovação do estado de emergência, a exemplo do que aconteceu há duas semanas.

O Presidente da República está hoje a fazer uma ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar sobre a provável renovação do estado de emergência até 07 de janeiro.

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