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Catarina Martins pede “bancada forte e grande” para evitar “negociações pequeninas” 

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 20-09-2019

A coordenadora do BE, Catarina Martins, avisou esta noite que “se alguns gostariam de fazer negociações pequeninas” depois destas eleições legislativas, “é com uma bancada forte e grande” dos bloquistas que “haverá força para fazer a diferença” que Portugal precisa.

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Arquivo NDC

Catarina Martins discursou quinta-feira à noite, no final de um comício dedicado aos jovens, no Capitólio, em Lisboa, no qual defendeu que o que pode fazer a diferença em áreas como a habitação, educação, saúde, justiça, direitos das pessoas com deficiência “é um Bloco de Esquerda maior, uma bancada forte” na Assembleia da República, resultante das eleições legislativas de 06 de outubro.

“E se alguns gostariam de fazer negociações pequeninas, é com uma bancada forte e grande do Bloco de Esquerda que sabemos que haverá a força para fazer a diferença de que este país precisa, sem deixar nenhuma luta para trás”, avisou.

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Num comício com um formato diferente, sem púlpito, onde os intervenientes discursavam ao mesmo tempo que se moviam no palco, ladeado por duas bancadas nas quais se sentava quem assistia, a líder bloquista deixou claro que o partido não aceita “escolher o mal menor” para as responder às quatro grandes crises sobre as quais quis falar: emergência climática, habitação, serviços públicos e precariedade.

Criticando as soluções que habitualmente são apresentadas para responder a estas crises por “quem tem alternado no Governo”, Catarina Martins ironizou: “dizem-nos normalmente para termos calma que isto vai lá devagarinho”.

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“Nós compreendemos que para toda esta gente é sempre bom que qualquer programa, seja qualquer que for o assunto, vá parar a benefício fiscal, privatização, o PPP”, condenou, rejeitando este caminho.

E é neste momento que a líder do BE “puxa” pelo programa eleitoral com que o partido se apresenta a eleições que, no caso do ensino superior o ensino superior rejeita que este seja apenas “para quem pode pagar”.

“Tem de ser para toda a gente, sem propinas, com residências, com respeito”, sintetizou, propondo que tal como este ano, em que as propinas baixaram 200 euros, isso aconteça todos os anos da próxima legislatura, até se chegar à sua eliminação.

Antes de Catarina Martins foi a vez da deputada e cabeça de lista por Lisboa, Mariana Mortágua, usar da palavra, num discurso onde reiterou as críticas ao programa eleitoral do PS, um programa que segundo a bloquista “não tem contas ou contas que não resistem ao programa”.

“O PS promete – há cartazes por toda a cidade, basta ver – ?mais e melhor’. Mas as pessoas devem perguntar: mais e melhor de quê, se muito daquilo que foi feito ao longo destes quatro anos foi imposto ao PS por acordos de esquerda”, alertou.

Outra pergunta que Mariana Mortágua aconselha que seja feita é “mais e melhor como?” uma vez que “o PS não assume compromissos claros, concretos, quantificados, com metas”.

“Vai o PS agora sozinho investir tudo aquilo que não previu quando no passado não executou aquilo que previu”, perguntou ainda.

A resposta, para a deputada do BE, é óbvia: “não, não vai”, avisando que “quando a altura chegar” se vai “ouvir dizer a saúde é cara, a educação é cara, não há dinheiro que chegue para o investimento”, aquilo que apelidou de “uma lengalenga interminável”.

Os discursos das duas dirigentes bloquistas encerraram o comício dedicado aos jovens, no Capitólio, em Lisboa, que começou com música e no qual também usou a palavra, entre outros, Tiago Rodrigues, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, que manifestou apoio ao partido.

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