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Caso no PSD: funcionários com dom da ubiquidade exonerados do Grupo Parlamentar

Rui Avelar | 4 anos atrás em 24-07-2020

Dois dos funcionários do PSD referidos, há duas semanas e meia, por serem remunerados pelo Parlamento foram exonerados do exercício de funções no Grupo Parlamentar do partido, revelou, hoje, o Diário da República.

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As exonerações, que produzem efeitos a partir do começo de Julho, foram homologadas pelo secretário-geral da Assembleia da República, há duas semanas, volvidos três dias sobre a publicação de uma peça jornalística por parte de NOTÍCIAS de COIMBRA.

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Natércia Barreto coadjuva o secretário-geral adjunto do PSD, Hugo Carneiro, na sede partidária, onde Lélio Lourenço coordena interinamente a área de implantação e ficheiros. Ela era secretária e ele assessor no hemiciclo de S. Bento.

A existência de várias pessoas a trabalhar na sede do PSD pagas pelo respectivo Grupo Parlamentar (GP) acaba de levar um grupo de funcionários a alertar para eventual desvio de fundos públicos.

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Em carta dirigida ao Ministério Público (MP), ao presidente da Assembleia da República e ao da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, os autores, sob anonimato, alegam que o PSD está a utilizar o orçamento do seu GP para pagar vencimentos do partido.

A designação para o exercício de funções na sede do PSD consta de um despacho da autoria do secretário-geral, José Silvano, datado de Abril de 2019. A escolha do pessoal de apoio aos deputados social-democratas, efectuada em Novembro [de 2019], coube a um vice-presidente do Grupo Parlamentar, tendo sido divulgada pelo secretário-geral da Assembleia da República.

Emília Preto Galego (requisitada à Câmara Municipal portuense) e Luciano Gomes (com vínculo a um Agrupamento de Escolas) são assessores do sobredito GP e trabalham frequentemente no Porto para o PSD.

Conterrâneo de Rui Rio, Hugo Carneiro é técnico superior do Banco de Portugal e acumula a função de deputado com o cargo partidário de secretário-geral adjunto.

Numa peça publicada em 2018, a revista SÁBADO alude a assessores partidários pagos pela Assembleia da República, fazendo notar que o assunto é transversal a (quase) todas as forças políticas com representação no hemiciclo de S. Bento.

Conterrâneo de Rui Rio, Hugo Carneiro é técnico superior do Banco de Portugal e acumula a função de deputado com o cargo partidário de secretário-geral adjunto.

O episódio do desfasamento de funções protagonizado pelas referidas pessoas destoa dos discursos pautados pela alusão à ética no desempenho de funções públicas, frequentemente proferidos por Rui Rio.

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