Carlos Magalhães despediu-se esta quinta-feira, 18 de dezembro, da presidência da Associação Académica de Coimbra (AAC).
No seu último discurso, Carlos alertou para a situação financeira delicada da instituição e criticou duramente o panorama do ensino superior em Portugal.
O dirigente destacou o papel da AAC como “motor social”, sublinhando o apoio a cerca de 200 estudantes através da Fundação António Luís Louros, jovens que, sem esta ajuda, estariam fora do ensino superior. Enalteceu também a conquista da fixação do prato social a 2€ para bolseiros, uma medida conseguida junto da Universidade de Coimbra, e lembrou que sem esta intervenção muitos estudantes não teriam acesso à alimentação adequada.
No plano do ensino superior, Magalhães não poupou críticas. Alertou que Portugal apresenta a sétima propina mais elevada da Europa, o dobro da média europeia, classificou o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior como “mal tratado e exterminado” e denunciou que o custo de vida elevado e a falta de alojamento contribuem para o abandono precoce dos estudantes.
O presidente cessante abordou também a situação financeira da AAC, revelando que a associação atravessa um dos períodos “mais débeis da sua história”, consequência de uma gestão sem visão de longo prazo. Apesar disso, deixou como legado o início das obras de requalificação da sede da AAC e a transição digital da instituição, passos que considerou essenciais para modernizar e preparar a associação para os desafios futuros.
A AAC continua na vanguarda do país”, lembrando que muitos dos atuais líderes estudantis nacionais foram formados em Coimbra, reforçando a influência da AAC no panorama académico português.
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